Porque sou contra a legalização da maconha

15/08/2012 14:54 - Bispo
Por Redação
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Sou contra a legalização da maconha. O fato de o cigarro e o álcool serem “legais” não impediu que milhares de vida se perdessem. Foi, sim, um facilitador para o consumo dessas drogas, igualmente nocivas. A legalidade permitiu a apologia do cigarro. Milhões de dólares foram investidos em marketing para convencer as pessoas de que fumar era charmoso e estava associado ao sucesso, o que arrebanhou milhões de usuários. Tampouco acho que a ilegalidade da venda e da compra da maconha seja a causa dos crimes cometidos por traficantes ou usuários em estágio avançado de adoecimento.

Mas, resumidamente, eu sou contra a legalização da maconha por causa da natureza humana. O comunismo também não deu certo por causa da natureza humana. Refiro-me às diferenças entre as pessoas.

Os seres humanos são diferentes, tem potencialidades, motivações e reações diferentes. Inclusive respostas orgânicas diferentes. Uma pessoa pode ser capaz de fumar maconha com moderação, sem roubar ou matar para conseguir dinheiro para comprar a droga, sem ser “dominada” pelo vício por ser orgânica e psicologicamente mais resistente ou mais “organizada”, mas isso não acontece com todos.

Há aqueles que serão tragados pelo vício, terão a saúde e a vida como um todo destruído pelo vício. Por serem mais frágeis. As pessoas têm histórias de vida diferentes, têm complexos psicológicos que atuam em suas vidas de modo diverso, suscetibilidades que podem ser agravadas com o uso de certas substâncias.

Sendo o Estado responsável por contornar os desequilíbrios, regular os conflitos de interesses, deve pensar nas pessoas mais frágeis. Deve proibir o consumo de qualquer coisa potencialmente capaz de adoecer as pessoas ou arrastá-las à marginalidade.
Não atribuo a culpa pela violência urbana pelos traficantes aos usuários nem à ilegalidade da droga.

Se a maconha fosse liberada, os “bandidos” que hoje aterrorizam a população encontrariam caminhos para continuar ganhando dinheiro com ela e continuariam “substituindo” o Estado em atribuições deste. E continuariam a fazer aliança com políticos e gestores públicos corruptos contra o povo. Nesse ponto sim reside a causa da violência, a corrupção e inoperância do Estado, que deixou o mal crescer, unindo representantes dos governos e traficantes visando sempre o lucro.

A legalização ou a “não repressão” ao uso e comércio da droga, como preferem dizer os defensores da idéia, mudaria o quê? Seriam traficantes com aprendizado de práticas criminosas a brigar pelo lucro da maconha – briga legalizada. E mais pessoas morreriam mais famílias seriam desestruturadas pelo vício. Nunca meça as “respostas” dos outros pelas suas. Isso é reducionismo.

Mais uma coisa: o atual sistema de saúde pública do Brasil não está dando conta das atuais demandas em relação a pessoas adoecidas pelo uso de drogas, porque deveriam agravar o quadro? Não estamos dando conta das nossas cracolândias, porque correr o risco de agravar essa situação de modo irresponsável? Que benefícios a sociedade como um todo teria com a legalização da maconha?

Entendo que o ATUAL contexto social, cultural, econômico e da gestão de serviços públicos não é favorável ao livre acesso a nenhuma droga, nem mesmo os cigarros convencionais ou o álcool. Muita gente adoeceu por fumar ou beber livremente. Por que deveríamos repetir o erro legalizando outro ato danoso à saúde.

Na Holanda, que as pessoas costumam usar como referencial para a liberação do consumo da maconha, o consumo dessa droga é livre apenas parcialmente: lá existem muitas regras, limitações, muitas restrições – que são devidamente fiscalizadas. No Brasil, em todas as áreas a deficiência nas instâncias fiscalizadoras é fato notório. A legalização aqui, neste momento, sem a necessária educação do povo, ainda que com restrições tal qual ocorre na Holanda, tornaria a coisa um oba-oba danado!

Quem defende a legalização da maconha já acompanhou de perto o drama de uma família que sofre em decorrência do vício descontrolado de um dos membros do grupo, seja filho, mãe, pai, irmão, sobrinho? Esses defensores têm em mãos pesquisas sérias NEGANDO que muitos usuários de maconha com o tempo partem para nova experiência com drogas, inclusive o crack? Nós que fazemos oposição nos apoiamos na observação empírica, nos relatos de mães e pais sofridos, de ex-usuários… qual a finalidade de se legalizar algo destrutivo? Apenas para facilitar o acesso, facilitar a vida de quem a usa e deseja o aval social para esse hábito? Por que essas pessoas não vestem a camisa da responsabilidade social, da defesa da vida?


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