Furtos e roubos para comprar crack, alerta pesquisa
Furtos e roubos para comprar drogas, revela pesquisa da Universidade Federal de São Paulo com dependentes de crack.
Um dos coordenadores do estudo, psiquiatra Marcelo Ribeiro, alerta para as conclusões do estudo:
- 59% declararam ter dinheiro próprio para obter a droga
- 13% reconheceram que roubam
- 13% disseram que recorrem à troca de objetos pessoais
- 12% obtêm os recursos de esmolas
- 9% de furtos
- 9% de dinheiro obtido da venda de objetos da família
- 11% trocam droga por sexo
- 13% obtêm recursos da prestação de serviços ao traficante.
O diretor de Ensino da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas da Unifesp chama a atenção para outra preocupante constatação:
São agressivos e colocam em riscos moradores das ruas onde tomam as calçadas.
O psiquiatra Marcelo Ribeiro faz um desafio às autoridades :
“O narcotráfico está muito mais organizado do que a gente imagina.”
Na avaliação do especialista, para tratar esses dependentes é necessária à internação involuntária:
“Isso mostra que, em parte, o usuário reconhece que fica refém da doença a ponto de só conseguir se curar se houver uma intervenção mais incisiva, mesmo que à revelia.”
A lei que autoriza, em todo o país, internação involuntária de usuários de drogas é a 10.216, de 6 de abril de 2001.
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