75% da população no Brasil é contra a legalização da maconha. Revelação do Segundo Levantamento Nacional de Álcool e outras Drogas, realizado em 149 municípios brasileiros pela Universidade Federal de São Paulo, Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Os resultados foram apresentados a médicos e imprensa , na UNIFESP, pelo coordenador da Unidade de Estudos de Drogas, psiquiatra Ronaldo Laranjeira.
Segundo o estudo, há 1milhão e 500 mil pessoas dependentes de maconha no Brasil. A maioria experimentou maconha antes dos 18 anos, informa o estudo.
Outra grave constatação da pesquisa: do total de dependentes, 500 mil são adolescentes. Lembrando que lei federal proíbe maconha em todas as idades no país.
Todos os dependentes precisam de tratamento. Mais grave ainda: 10% dos adolescentes usuários de maconha vão desenvolver surtos psicóticos ou esquizofrenia causados pela droga.
O tratamento do dependente poderá levar até dois anos. E no caso de esquizofrenia será extremamente difícil a recuperação.
Especialistas da Universidade Federal de São Paulo alertam para os graves riscos da maconha:
-Apatia
- Distorção afetiva
- Alteração da coordenação motora, das cores e também da percepção de tempo
- Diminuição da memória
- Pânico, ansiedade
- Sonolência
- Depressão
- Risco de ataque cardíaco por aumento nos batimentos cardíacos
- Pode levar a perda de volume cerebral em indivíduos em risco de desenvolver esquizofrenia
-Tuberculose
-Bronquite
-Câncer de pulmão
“Eliminar o uso de maconha poderia reduzir a incidência de esquizofrenia em 8%” afirma o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos, um dos mais experientes profissionais especializados no tratamento de dependência química no país, no artigo “Maconha e desenvolvimento escolar”.
O especialista alerta: “ Estudo sueco com jovens de 18 a 20 anos , no Exército, constatou que os que usaram maconha mais de 50 vezes possuíam 6,7 vezes mais chances de desenvolver esquizofrenia 27 anos mais tarde. Quanto mais cedo a exposição à maconha, mais intenso é o seu uso e, portanto, maiores as chances de episódios psicóticos ocorrerem.”
O psiquiatra Ronaldo Laranjeira vai enviar o estudo a deputados federais e senadores :
“É importante os congressistas conhecerem o que a população acha sobre drogas e , principalmente, que a maioria é contra a liberação da maconha no país.”