Notícia boa a gente espalha...

Ela tem 75 anos de vida, 56 de casada e três meses de carteira assinada. Apaixonada por Gastronomia, Tânia Mendes de Souza encontrou no curso de Cozinheiro do Senac Alagoas a oportunidade de desenvolver a técnica, já que a prática já lhe rendia muitos elogios de parentes e amigos. Mal sabia ela que ao final de um ano e dois meses de curso seria contratada como Cozinheira do Restaurante Bodega do Sertão, onde ela fez o estágio do curso.
“Dediquei 56 anos da minha vida a meu marido e filhos. Quando minha filha se aposentou, entendi que era a hora de eu construir o meu sonho”, diz ela que, em Maio, recebeu a proposta de compor a equipe do restaurante como funcionária efetiva, seu primeiro emprego com carteira assinada. O convite lhe causou uma enxaqueca. “Não sabia qual seria a reação do meu marido. Mas depois de uma conversa com ele pude, então, comemorar. Ele me deu total apoio”, conta ela que hoje acorda todos os dias às 4h da manhã a fim de deixar tudo pronto em casa antes de ir ao trabalho.
E a Dona avó, como é carinhosamente chamada pelos colegas de trabalho, parece mesmo incansável. “Tânia é uma profissional completa e nos chamou a atenção ainda quando era estagiária. Mas não podemos negar que temos um cuidado especial com ela. Afinal, ela é nossa Dona Avó”, brinca Angela Simioni, Gerente do Restaurante.
Tânia destaca a importância da qualificação frente à experiência de vida. “Jamais imaginei fazer um frango desossado todo fechadinho. Também nunca tinha ouvido falar sobre filé mignon de carne de porco. Tudo isso aprendi no curso. Depois que a gente entra no mercado de trabalho percebe o quanto é importante a profissionalização”, diz ela, ao ser parabenizada pela Assessora Técnica dos segmentos Hospitalidade, Turismo e Lazer, e Produção de Alimentos e Bebidas do Senac Alagoas. “Dona Tânia foi uma aluna pontual e assídua. Um exemplo para a turma”, destacou Vânia.
Muito feliz pela conquista, Tânia conta que o trabalho a fez rejuvenescer. “O Senac ampliou meu conhecimento, me proporcionou a técnica, me fez uma pessoa mais segura e abriu as postas para o mercado de trabalho. É uma satisfação estar colaborando com o restaurante onde trabalho, dividindo com meus colegas as minhas receitas. Agora, eu sou só alegria”, finaliza.
 

Fonte:Cristiane Calaça/SENAC