Os resultados frustrantes nos Grandes Prêmios de Valencia e Silverstone, bem como a disparada de Red Bull e Ferrari na briga pelo título do mundial de construtores ligaram o sinal de alerta na McLaren. Para Paddy Lowe, diretor técnico da escuderia, a queda de rendimento dos carros de Lewis Hamilton e Jenson Button se deu por conta de problemas nos ajustes dos modelos, e não está relacionada a questões conceituais.

"Não podemos olhá-lo e dizer 'ok, o carro é um desastre em termos fundamentais'. É aquela velha história de achar uma maneira de tirar o máximo de proveito dele", explica, em entrevista ao site Autosport. "O carro se mostrou forte com pneus de chuva durante todo o final de semana, mas quando não se cria boa pressão aerodinâmica, não se obtém resultados instantâneos. Estamos lidando com uma questão de consistência", completa.

Apesar dos ajustes para o GP de Silverstone, no último final de semana, a McLaren não obteve os resultados esperados, terminando a corrida com Hamilton na oitava e Button na décima colocações. Para Lowe, porém, a não melhora no desempenho da equipe se deve mais ao mérito de outras escuderias que ao próprio fracasso na evolução do carro.

"Há uma clara corrida de desenvolvimento entre as equipes, e estamos promovendo ajustes, assim como outras pessoas. Certamente, há um bom número de equipes mais rápidas e outras que não agüentarão até o fim", analisa, comentando a corrida, em si, na sequência.

"Em um análise pessimista, você diria que tivemos bom desempenho chegando na oitava e décima posições, já que tivemos sorte com a saída das Saubers e de (Pastor) Maldonado, que teriam terminado a corrida em nossa frente", diz.

Há uma semana do GP da Alemanha, a McLaren planeja ajustes radicais no carro, principalmente na carenagem traseira. Além disso, mais mudanças devem vir para o GP da Hungria, na sequência.

"Temos uma enorme programação de ajustes para estas duas corridas. Serão finais de semana movimentados, já que todos se preparam para disparar antes da pausa", afirma, referindo-se ao intervalo de três semanas entre Hungaroring e Spa-Francorchamps. "Emocionalmente, a Hungria é um bom GP para se vencer. Nos últimos três anos, conquistamos duas provas antes do intervalo da temporada, lá", conclui.