“O abuso de drogas e o tráfico continuam tendo um impacto profundamente negativo para o desenvolvimento e a estabilidade em todo o mundo”.
Os bilhões de dólares gerados pelas drogas ilícitas alimentam atividades terroristas e estimulam outros crimes como o tráfico de seres humanos e o contrabando de armas e pessoas.
As drogas ilícitas e as redes criminosas relacionadas enfraquecem o Estado de Direito. A impunidade com a qual esse negócio se sustenta provoca grande temor e semeia a decepção com governos em todos os níveis.
A América Central, por exemplo, enfrenta níveis crescentes de violência alimentados pelo crime organizado transnacional e o tráfico de drogas. Atualmente, a região abriga as maiores taxas de homicídio do mundo.
O desenvolvimento no Afeganistão está sendo prejudicado pelas maiores taxas de prevalência de opiáceos do mundo. Em partes de Mianmar, os agricultores se encontram aprisionados pela insegurança alimentar, obrigando-os a cultivar a papoula como cultura de rendimento.
O desafio também está fortemente testando a África Ocidental e Central, que se encontram numa das principais rotas do tráfico de drogas para a Europa.
Com instituições jurídicas e financeiras muitas vezes frágeis, os países da região são altamente vulneráveis.
Além disso, os países de trânsito não são mais somente os vínculos na cadeia de abastecimento; eles se tornaram pontos de destino.
Aproximadamente a metade da cocaína traficada pela África Ocidental e Central, hoje em dia, permanece na região.
Estas mudanças nos padrões do consumo de drogas põem em risco os ganhos duramente conquistados pelo desenvolvimento sustentável e a governança.
As convenções das Nações Unidas sobre drogas, crime e corrupção formam uma base sólida para as soluções globais destes desafios.
Em conjunto, estes instrumentos oferecem uma abordagem equilibrada para deter o tráfico, promover alternativas viáveis para os agricultores de culturas de rendimento e oferecer aos usuários de drogas o direito à saúde e além de outros direitos humanos.
Nossos esforços na promoção do desenvolvimento e no combate das drogas e do crime serão mais efetivos se forem enraizados em parcerias com a juventude, a sociedade civil, os governos e a comunidade internacional.
Trabalhando em conjunto, podemos aliviar o sofrimento de milhões e acabar com a influência das drogas e do crime nos países, comunidades e famílias”.
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