Olá,
Espera-se esta semana pela divulgação do Plano de Segurança a ser implementado em conjunto com o governo federal. Espero sinceramente que dê certo e venha minimizar os nossos vergonhosos índices de violência.

O que discuto é que não precisava chegar aonde chegamos – no fim do poço – para idealizar um plano de segurança, no mínimo estamos atrasados em quase seis anos. E quantas mortes poderiam ser evitadas?

E tem sido assim a prática. Veja o caso do prédio do IML. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), Wellington Galvão, os profissionais já não suportam o local de trabalho. “Realizamos uma assembléia ontem e os legistas decidiram parar" e continuou "os médicos levaram fotos de corpos jogados no chão, instrumentos de trabalho enferrujados e outros absurdos".

Há quanto tempo este descaso está sendo denunciado? Há quanto tempo se arrasta esta novela? O fato é que este assunto vem sendo negligenciado, deixado de lado há tempo, nenhuma importância vem sendo dada a este órgão responsável pela liberação de corpos de irmãos que partiram dessa para outra vida.

A experiência de uma família ao ver o corpo de um ente querido no chão de um IML, deve ser chocante, mas isso não tem servido para sensibilizar nossas autoridades.

Uma das virtudes de um bom governo é exercitar a empatia, ou seja, colocar-se sempre no lugar do outro, no lugar da população que necessita do serviço e refletir: Eu desejo para mim o que estou fazendo com o meu semelhante? Se fosse eu – autoridade-que estivesse com o corpo de um irmão jogado no chão do IML, iria ficar feliz?

O fato é que estamos a cada dia vendo a dissociação do governo com relação ao povo. Valores básicos, serviços básicos, vão sendo negligenciados e é aí que o monstro da indiferença se instala no coração das pessoas, que em nada mais acreditam.