Os técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA), com um biólogo da Universidade Federal de alagoas (Ufal), retornaram hoje (25) à Laguna Manguaba para testar e coletar novas amostras de água. Eles foram acionados após denuncia, feita pela colônia de pescadores, sobre a mortandade de peixes. Entretanto, as chuvas recentes podem alterar os resultados dos testes.

Foram feitas coletas para análise em sete pontos: as áreas das fozes dos rios Sumaúma, Estivas e Paraíba; parte central e margem da laguna; área próxima ao porto da lancha – na região central da sede do município de Marechal Deodoro. Os níveis de oxigênio e Ph variaram, por exemplo: na foz do rio Sumaúma chegou a dar 1,8mg/l de Oxigênio Diluído, quando o recomendado é que esteja acima de 5.0mg/l.

O biológo Manoel Messias, do Labmar da Ufal, utilizou a chamada multisonda que tem a capacidade de medir temperatura, Ph, Salinidade, Nitrito, Clorofila, Turbidez, Condutividade e profundidade. Ainda foram levados balde e vasilhas para coleta de água de superfície, além da garrafa Van Doff para coleta de águas mais profundas.

Entretanto, “pela pouca profundidade que encontramos na Laguna, não é preciso usar todos os equipamentos e mesmo que as sondas apontem todos esses dados, a análise de laboratório não é dispensada”, explicou Carlos Soares, diretor de Laboratório IMA. Além disso, “no laboratório são aplicados reagentes para determinar as condições físico-químicas, essas análises podem demorar até cinco dias para que possamos apresentar resultados”, disse Ricardo César, diretor técnico do Instituto.

Ele observou ainda que as chuvas de ontem e hoje “podem mascarar os resultados, porque a concentração de substâncias que havia antes foi diluída. É possível que a mortandade tenha sido causada pela decomposição de matéria orgânica sedimentada no fundo, mas temos que esperar os resultados para determinar as verdadeiras causas”.