18 de Maio: a ação ainda é contra o silêncio

18/05/2012 07:18 - Bispo
Por Redação
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Estamos vivendo a semana do 18 de Maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Mobilizações, palestras, ações virtuais, cobertura jornalística. Tudo isso é necessário para que não esqueçamos desta data simbólica na luta pela proteção de meninas e meninos contra a violência sexual.


Esse dia marca a morte da menina Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos de idade, em 1973. Ela foi sequestrada, espancada, estuprada e morta por membros de uma família tradicional do Espírito Santo. Muita gente sabia quem eram os assassinos da menina, mas não tiveram coragem de denunciar. Então, uma das questões que marca esse acontecimento é o silêncio. O silencio é que garantiu que os criminosos ficassem impunes. E é contra esse silêncio que continuamos trabalhando.


Como a população pode ajudar no enfrentamento do abuso e da exploração sexual?


Denunciando! O Disque 100 esta disponível e não é preciso se identificar. O Disque 100 é um serviço nacional de denúncia de violências contra crianças e adolescentes da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Qualquer pessoa, em qualquer localidade do país, pode acionar esse serviço e registrar sua denúncia que os atendentes, em seguida, vão encaminhar para os órgãos necessários, seja Conselho Tutelar, Polícia Civil ou outro organismo de proteção.


E por que denunciar?


O abuso e a exploração sexual têm implicações seriíssimas no desenvolvimento de uma criança. É a denúncia o primeiro passo pra barrar essa situação de violência contra a menina ou menino. Se não há denúncia, ninguém fica sabendo, e se ninguém fica sabendo, aquela situação perdura... E a criança continua sendo violentada.


Há ainda uma segunda ótica sobre a importância da denuncia: ajudar o governo e a sociedade civil a atacar o problema por meio de políticas públicas. Mas isso só acontece se houver dados a serem coletados apontando a existência e incidência desse problema. Por meio dos serviços de denúncia é possível gerar os dados que podem ajudar a nortear o enfrentamento.


Qual o papel dos pais, professores e da comunidade em geral na proteção das meninas e meninos?

Educação e proteção. Quando a gente dialoga com a criança sobre o que é o abuso sexual, essa menina e esse menino compreendem uma situação de violência que, de repente, pode estar acontecendo com eles. Entende também o quanto aquilo não é bom para eles. Essas crianças e adolescentes vão conseguir dizer não e inclusive vão saber que devem procurar, em alguma emergência, um adulto ou mesmo um organismo para denunciar o ocorrido.
Além disso, profissionais da saúde devem, por exemplo, notificar os casos de violência sexual. A subnotificação dificulta que as políticas públicas sejam aplicadas de forma eficaz. Já à comunidade cabe também a proteção dessas crianças no sentido de denunciar locais de exploração (bares, becos, postos de gasolina) e também os agentes que exploram, como aliciadores, clientes etc.


Em Maceió

A Secretaria Municipal de Assistência Social –SEMAS- disponibiliza um serviço onde a população pode fazer sua denúncia pelo telefone 0800-284-8048, As denúncias recebidas pelos atendentes são repassadas, por meio de relatórios, ao Conselho Tutelar da região onde aconteceu o fato para que sejam adotadas as medidas necessárias. O serviço funciona como uma espécie de banco de dados que armazena as diversas informações, que são repassadas aos técnicos para elaboração desses relatórios. “Informa a Diretora de Proteção Social Especial (DPSE) – Elma Liliane Araújo


Maiores informações visite o site da SEMAS : http://www.semas.maceio.al.gov.br/
 

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