Embora admita a decepção com o rendimento do F2012, o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, não perde o otimismo quanto às chances de reação da escuderia italiana na atual temporada da Fórmula 1. O mandatário concedeu entrevista nesta terça-feira e defendeu os pilotos Fernando Alonso e Felipe Massa.
Conforme declarações publicadas pelo jornal italiano La Gazzetta dello Sport, Di Montezemolo disse não ter dúvidas de que Alonso "hoje em corrida é o melhor do mundo". Ele admitiu que a Ferrari precisa dar ao espanhol "um carro mais competitivo", apontando ainda que "o mesmo vale para Massa que precisa de um carro melhor, quase perfeito".
O presidente da montadora com sede em Maranello reconheceu ainda ter ficado "mal pelo início da temporada", visto que esperava uma "situação diversa". Com um carro de rendimento discreto, a Ferrari ocupa a quarta posição do Mundial de Construtores com 45 pontos - 43 conquistados por Alonso, dono do quinto lugar no campeonato de pilotos.
Nesse cenário, Di Montezemolo relatou ter pedido uma "reação extraordinária" aos técnicos da Ferrari, os quais contou que viu "mais confiantes" ultimamente. Dizendo que quer "vencer", o dirigente projetou que haverá um veículo "melhorado em Montmeló", onde será disputado no próximo fim de semana o Grande Prêmio da Espanha, quinta etapa da temporada.
O presidente ainda aproveitou a ocasião para fazer uma espécie de mea culpa. Ele analisou que "a F1 é uma realidade em contínua evolução" e disse que "talvez nos dois últimos anos" a Ferrari tenha ficado "muito fechada dentro de Maranello sem olhar em torno e fazer entrar ar fresco de outros lugares". Em 2011, houve uma reestruturação no time italiano, com a contratação do diretor-técnico Pat Fry, ex-McLaren, e a demissão de Aldo Costa, atualmente na Mercedes.
Única equipe que disputou o Mundial de 1950, o primeiro da categoria, e ainda compete na elite do automobilismo, a Ferrari coleciona 16 títulos de construtores - o último em 2008 - e 15 de pilotos - o último em 2007, com o finlandês Kimi Raikkonen.