Álcool e drogas: o mal do século
Segundo levantamento da (SENAD) Secretária Nacional de Políticas Sobre Drogas, o índice de viciados em álcool e drogas no Brasil, é cada vez mais alarmante. O crack, por exemplo, já está presente em 98% das cidades brasileiras e alunos entre 12 a 18 anos das redes de ensino particular já afirmaram (55%) terem usado drogas e álcool e 40% dos alunos da rede pública também. O que mostra a quantidade de drogas vendidas nas portas dos colégios, facilitando a introdução desses produtos na vida dos nossos adolescentes, cada vez mais cedo. Outro problema que se agrava é o alcoolismo, que segundo especialistas, é muito mais difícil a recuperação e sua venda é facilitada para menores em bares e festas – arrastando famílias ao fundo do poço.
Seria pessimista comentar que há pouca possibilidade de recuperarmos boa parte dos nossos jovens do caminho tortuoso do álcool e das drogas, mas é algo realista, que analiso mediante o estado crítico em que se encontra o nosso sistema de saúde e as falhas da nossa política sócio-econômica. Os tratamentos para viciados em clínicas particulares estão cada vez mais caros, custando em torno de R$ 1.800,00 a R$ 2.500,00 e o processo de recuperação dura de 6 a 9 meses em três fases: adaptação, recuperação e reintegração. Como vemos não é um caminho muito fácil para trilhar e nem barato – e ai temos 2 problemas gravíssimos sob nossa responsabilidade: uma população com um índice altíssimo de dependentes químicos e um sistema de saúde sem estrutura para acolher os seus pacientes.
Tenho sido testemunha do sofrimento de algumas famílias e analiso com tristeza o problema ! E acabo enxergando muito além do que devia ou queria. Vejo o quanto se agrava a dependência química na população brasileira, inclusive, em nossa Maceió e o difícil é ficar omisso, enquanto jovens trilham esses caminhos às vezes sem volta – pais que sofrem, famílias dilaceradas, valores morais que se quebram e promessas de vidas que se desfazem.
É necessário e urgente, inclusive o Estado a uma reflexão: Precisamos ser mais prudentes e vigilantes com os nossos filhos e estudarmos soluções eficazes, antes que seja tarde; ou perderemos as nossas crianças para o conturbado mundo das drogas, cada vez mais cedo. Talvez tudo isso seja apenas delírio de minha parte... E enquanto eu deliro, cresce a dependência química, a violência e marginalização a luz do dia.