Banalização da Violência


Todos os dias ao ler os jornais, ouvir o rádio no carro e ver os noticiários na televisão, somos bombardeados por fatos sobre violência.

Pessoas próximas são assaltadas e roubadas diariamente, alguns já foram, inclusive, com seqüestros relâmpagos. Nas esquinas, vemos crianças e adolescentes se drogando, nas calçadas, meninas se prostituindo e, as favelas, cada vez maiores e mais próximas. A violência já chegou a tal ponto que evitamos sair de casa - rua só em caso de extrema necessidade. A sociedade está com medo, acuada, somos prisioneiros dentro de nossos lares. O pior é que esta violência que nos atinge cotidianamente passa a fazer parte da nossa rotina.

Pais e familiares de vítimas fundam ONGs sobre a paz e tentam seguir suas vidas sem o ente querido. Alguns defendem a redução da maioridade penal; os Direitos Humanos já não sabem mais para qual ser humano dirigir os seus esforços, se para os assassinos ou para os assassinados..

Mas diante de todos esses fatos, o que hoje impressiona mais, é a banalização dessa violência e sua conseqüente aceitação como se fosse algo normal. A vida humana ficou desvalorizada. Já estamos começando a nos acostumar com esta nova realidade, que já não comove e nem choca mais, de tão próxima, presente e cotidiana que, mesmo sem querer, passou a fazer parte da nossa vida e, pelo andar da carruagem, assim será pelo resto dela.


Precisamos reagir, enquanto ainda há tempo.