Onze horas e trinta minutos de uma ensolarada manhã de quinta-feira, 14 de julho, na capital de Alagoas.
Uma capital muito rica de um povo apavorado pela pobreza. Pobreza que rima com miséria, fome,drogas, abandono.
Onze horas e trinta minutos em Maceió e o centro da capital vive a correria de lojas descerrando portas , devido ao arrastão provocado por camelôs, cerca de 100 pessoas, entre homens emulheres, que pedem de volta promessas de campanha.
São onze horas e trinta minutos e o centro de Maceió , a capital rica, das belas praias e de um povo pobre-de-maré-maré-deci está com todas as portas fechadas.
Comerciantes temem a dilapidação dos seus bens. E de outro lado o Bope monitora
o protesto surdo de quem vive no limite.
No limite da indignação.
Um povo pobre e trabalhador , cerca de 100 pessoas, que invade às ruas de Maceió fala em sobrevivência e dignidade.
Quando o povo grita, quem é que escuta?