O impasse entre o meia Paulo Henrique Ganso e a diretoria do Santos Futebol clube continua. Desde o fim do ano passado o jogador que se vem se destacando no futebol nacional e sondado por grandes times do continente europeu, reclama da demora para uma conversa sobre renovação.

O Santos atrasou, mas procurou o atleta, que considera a procura tardia. O Santos ofereceu um reajuste salarial, que saltou de R$ 130 mil, para 450, mantendo também a multa rescisória de 50 milhões de euros. O atleta, juntamente com a DIS, empresa que detém 45% de seus direitos federativos não fazem questão do reajuste, e sim da diminuição da multa, para facilitar uma transferência para o futebol europeu.

Das duas uma, ou o jogador tem o gênio forte, ou deve estar “emprenhando pelos ouvidos”, ao atender os pedidos da empresa que conduz a sua carreira(DIS). Como prova dessa birra do jogador, está o fato do mesmo não ter escutado os próprios pais, que consideraram boa a proposta do Santos.

Acredito que esse impasse começou ainda no ano passado, quando o Santos conseguiu manter o atacante Neymar, que recebeu uma proposta de 30 milhões de euros do Chelsea. Para manter o jovem, o time da vila ofereceu um salário de aproximadamente R$ 500 mil, além de várias facilidades e bônus. É normal que um clube valorize o seu jogador diferenciado, mas nesse caso, o Santos tem dois, nesse mesmo padrão. Neymar e Ganso.

Essa “confusão” me faz lembrar o caso do Robinho, quando queria a todo custo deixar o Santos e se transferir para o Real Madri, em 2004, por 50 milhões de dólares. Robinho saiu do Brasil, como revelação e postulante ao prêmio de melhor do mundo. Gosto do Robinho e do seu futebol, mas definitivamente esse jeito de conduzir as contratações não me agrada, e muito menos ao futebol europeu. Robinho chegou ao Real Madri, não se firmou, se transferiu para o Manchester City, onde repetiu as atuações, voltou para o Santos e hoje está no Milan, onde está jogando bem, mas longe de ser o melhor do planeta.

Resumindo, Ganso é craque, pode desequilibrar em qualquer time do mundo, mas não pode deixar o extra-campo influir no seu futebol ou no seu relacionamento com torcida e críticos!

Vale a pena ficar ligado!