Nanci Helena Rebouças Franco professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas é mãe do Guilherme, o pequeno leitor de 06 anos, que no I Festival Alagoano das Palavras Pretas, ocorrido em dezembro de 2010, deu show de desenvoltura.
O Guilherme lê poesias e Nanci, como professora da Universidade Federal de Alagoas, agrega novos componentes e se engaja a essa construção de reinventar o senso do pertencimento do povo de pele preta e parda, a partir do conhecimento.
A ausência de saberes fomenta o medo do desconhecido. O medo do desconhecido provoca o pré-conceito.
O nosso preconceito é tão imenso que levanta cercas, põe argamassa nos tijolos e levanta muros de Berlim.
Porque resistimos à demolição desses muros?
Nanci sabe que toda construção pede parceria conspiratória e envolve esforços conjuntos, principalmente entre os pares- para mudar paradigmas, e ela não deixou por menos, levando ao pé da letra a interpretação da unidade de luta como essência dos avanços necessários, Nanci nos emprestou a Adjane, Laura Jéssica, Ana Paula e Marta , alunas bolsistas que foram de vital importância na organização o Ároyè- Seminário Afroalagoano:Gênero Palavra Variável, ocorrido dia 21 de março, no auditório do 4º andar da Federação das Indústrias.
O Seminário reuniu gentes de diversas faculdades, professoras, professores, quilombolas.
Reuniu também parceiros estratégicos que deram contribuições valiosas para a aproximação das pessoas presentes com a história e da história com a realidade.
Patrícia Mourão contemplou a plenária com o bem produtivo e reflexivo documentário: Mulheres: Diálogos sobre Segurança Pública, uma produção do Instituto Magna Mater.
Simone Menezes, Diretora da Academia da Polícia Civil fez uma apresentação do trabalho da polícia civil em relação a temática proposta.
Contamos, ainda com a palestra : “Lei Federal nº 10.639/03. A Lei que ensina às escolas a matemática das diferenças”, com Misiara Cristina de Oliveira, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade/SECAD/MEC que falou com muita propriedade sobre o tema.
Parceira, Misiara ainda, assumiu uma mesa de mediação do professor Cláudio e da Juliana Nunes, jornalista da Empresa Brasileira de Comunicação e membro do COJIRA-DF.
Em sua exposição sobre o ‘O racismo não é brinquedo, não! Pondo em prática a Campanha do UNICEF: Por uma Infância sem Racismo!, o professor Claudio Soriano apresentou dados estarrecedores das desigualdades que o racismo provoca na vida de crianças e adolescentes de pele preta e parda, em Alagoas.
Juliana Nunes Cezar,contemplada com o troféu homenagem Yalodê, deu aula sobre “A questão de gênero e as interfaces com o feminismo negro na Comunicação”.
A primeira etapa do Ároyè- Seminário Afroalagoano: Gênero Palavra Variável foi extremamente produtiva, porque contou com parceiros e parceiras que criaram um repertório de alternativas para tivéssemos a possibilidade de agregar pessoas.
Agregamos!
Estamos com a sensação de dever cumprido.
Obrigada a quem esteve lá, as palestrantes e palestrante, aos parceiros e parceiras.
Um obrigada especial a Nanci e suas alunas.