O Guilherme Franco tem 06 anos e ainda engatinha na questão da leitura, mas dá show quando o assunto é poesia e se essa poesia for negra o menino solta a voz e ocupa todo território identitário.
O Guilherme é filho da professora Dra. Nanci Franco, que por sua vez é filha da Bahia de São Salvador e professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas.
O Guilherme é um menino que tem coragem de escrever histórias e enfrentar platéias.
É a infância porta-voz de um aprendizado que comunga palavras com sabedorias e consciências de mundo: o meu, o seu igual ao nosso.
O Guilherme tem aproximação com a palavra que traz o selo da identidade, aos 06 anos já assume sua negritude. Ele aprendeu com a mãe.
O papel de uma mãe negra na construção da auto-imagem do filho é extremamente decisivo. A consciência do ser negra da mãe Nanci ajuda o Guilherme a definir a sua auto-imagem e o seu lugar no mundo. Inventa o senso de pertencimento.
No I Festival das Palavras Pretas acontecido em dezembro de 2010, no Restaurante Companhia da Lagosta, no bairro da Jatiúca, o pequeno leitor ficou num inquieto vaivém da infância e perguntava a toda hora: posso ler mais um poema?
O Guilherme vai participar do II Festival Alagoano das Palavras Pretas ,no dia 31 de janeiro, das 18 às 22 horas, no Teatro Abelardo Lopes que fica na Galeria Arte Center, Av.Antonio Gouveia, 1113, na Pajuçara.
O Festival é aberto ao público com uma programação digamos miscigenada de arte, canto e poesia e traz um desafio de juntar gente diferente que fale uma língua comum: a da poesia!
Assim como o Guilherme.
Aceita o desafio?