O piso salarial de uma professora ou professor no estado de Alagoas,após trinta anos de dedicação exclusiva é de parcos R$ 1.577.50.
O salário atual de um secretário de estado em Alagoas é de R$15.300,00.
O aumento salarial do magistério em Alagoas sempre foi postergado pela máquina administrativa alegando incapacidade financeira do estado.
A solicitação de aumento claudica a um século de tempo.
Em apenas nove dias, sem greves, sem piquetes, sem ferir a “incapacidade financeira" do Estado e a tal propalada responsabilidade fiscal, os secretários e secretárias do recém empossado governo do estado em Alagoas tiveram um “justo” reajuste salarial de 135%.
Os secretários e secretárias precisam perceber um salário digno e compatível com as responsabilidades, mas essas responsabilidades equivalem a pauperização dos professores e professoras do estado de Alagoas?
Professoras e professores e demais servidores públicos vivem no meio do epicentro do decreto nº 3.555, do ano de 2007.
A sociedade passiva assiste a tudo isso como um jogo de cartas marcadas.
O jogo de cartas marcadas que cria a imperativa arquitetura de espaços construídos, desde 1888, uma espécie de apartheid, como a raiz conservadora para o “bem coletivo” da minoria abastada, impondo aos outros e outras profissionais do estado alagoano, a condição de subcidadãos e subcidadãs.
A Lei nº 7.229/10, publicada no Diário Oficial de quinta-feira, 30 de dezembro de 2010 investe em qualidade de trabalho para servidores e servidoras do “1º escalão” e torna o “resto” da população, que recebe um mínimo salário para preencher o mês inteiro, um amontoado de retalhos despolitizados.
A cidadania como inquilina da inércia!
O povo, como massa, disforme cruza os braços como a afirmar a submissão entre a colônia e a metrópole.
A César o que é de Cesar pensam muit@s e tant@s!
O poder reage de forma contundente quando o serviço público pede valorização de salários.
O poder fabrica argumentos convincentes quando o assunto é de interesse próprio,como o aumento de 135% no tempo recorde de nove dias.
O estado é ególatra!
“Se o povo está com fome e não tem pão, que coma brioche”, reafirma Maria Antonieta - mulher de Luís XVI, rei da França.
E o que diz a multidão faminta por direitos?

Raízes da África