NOSSO APAGÃO DE MÃO-DE-OBRA

02/10/2010 05:25 - Prof. José Queiroz
Por Redação

Olá,

Hoje vou comentar mais uma vez sobre o apagão de mão-de-obra que vem acontecendo em todas as regiões do Brasil, um mal de alguns países em franco crescimento econômico.

Pré-sal, hidrelétricas, sistema ferroviário, mobilidade urbana, habitação, saneamento e ainda Jogos Olímpicos e Copa do Mundo! A agenda de investimentos públicos e privados no Brasil nos próximos anos é extensa. Mas um desafio maior que a falta de uma ponte ou estrada, de um porto ou linha de transmissão, é a falta de gente especializada para fazê-los.

Depois de consultar 76 grandes empresas brasileiras, a Fundação Dom Cabral concluiu: em todo o País – de Roraima ao Rio Grande do Sul, passando pelo Ceará e por São Paulo – falta mão de obra qualificada, principalmente na construção civil, na indústria naval, na automobilística, na ferroviária, na moveleira, no setor de transportes e serviços, na siderurgia e na metalurgia.

A necessidade de profissionais prontos fez o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, buscar soldadores no Japão. Desde dezembro, a empresa tenta contratar 200 dekasseguis para poder atender a tempo as encomendas da Transpetro e da Petrobras.

A empresa que não tem tempo para desenvolver o funcionário que necessita, está à caça de mão de obra pronta no mercado brasileiro e lá fora - numa movimentação considerada inédita, e que guarda apenas semelhanças com o que se viu na época da abertura econômica.

Diante desse cenário gostaria de lembrar aos empresários locais, aqui do nosso estado de Alagoas, que nos inúmeros cursos de pós-graduação existentes em nossas instituições de ensino encontramos muitos valores, ávidos por uma chance.

Tive a oportunidade de ministrar aula em um dos cursos de pós-graduação do Cesmac, aliás, onde tem sido feito um trabalho muito profissional. Pude constatar e identificar naquela turma de Gestão do Comportamento Humano e psicologia das organizações, vários talentos que por certo poderão atuar em qualquer organização aqui do nosso estado ou mesmo fora dele.

Tenho escutado muitos empresários dizerem que não conseguem contratar, aqui em alagoas, os funcionários que necessitam. Isso é verdade em termos.

Tem muita gente de talento nas universidades. A sensação que tenho é que é preciso uma interação maior entre o mercado e as instituições de ensino local, pois poderemos está buscando profissionais fora quando dispomos de muitos talentos aqui perto de nós.

 www.professorqueiroz.com.br

 

 

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