A VERDADEIRA EMANCIPAÇÃO

22/09/2010 05:56 - Prof. José Queiroz
Por Redação

No último dia 16 de setembro de 2010, comemoramos a emancipação política de Alagoas, vamos então relembrar um pouco desta história?

Na maior parte do período colonial, Alagoas pertence à capitania de Pernambuco. Torna-se comarca em 1711 e separa-se em 1817, para se transformar em capitania autônoma.

Quando da independência do Brasil, Alagoas já esbanjava progresso, tendo o açúcar, como seu carro-chefe. Dezenas de engenhos produziam e exportavam através do Porto de Jaraguá. Os governadores passaram a ser denominados presidentes. E o primeiro deles, nomeado por Dom Pedro I, foi o pernambucano Nuno Eugênio de Lossio, que instalou o Conselho de Governo e autorizou as eleições para deputados e senadores.

O segundo presidente, foi o mineiro Cândido José de Araújo Viana (Marquês de Sapucaí), que ficou no cargo apenas cinco meses, período em que instalou o Correio Provincial. É substituído por Miguel Veloso da Silveira Nóbrega e Vasconcelos, que determinou a criação de câmaras municipais nas cidades e vilas.

E novos governantes, chegavam e saiam em pouco tempo. Eram baianos, pernambucanos, mineiros, paulistas, gaúchos e de outras províncias, que não se adaptavam por aqui e terminavam renunciando. Alguma semelhança com os tempos atuais é mera coincidência.

Hoje em dia a sensação que temos ao revisitar a história desde os primeiros anos da emancipação até hoje é a de que os problemas enfrentados pela maioria da população naquele tempo ainda persistem como: O baixo índice de desenvolvimento humano, a concentração da riqueza, a dependência de recursos federais, o baixo índice educacional da população, a dificuldade de se desenvolver se comparado aos outros estados do nordeste, enfim, vamos parar por aqui?

A verdadeira emancipação ainda está por vir. E essa é uma agenda que deve ser tocada por todos nós alagoanos. A busca por dias melhores para a população deste estado, só terá seu inicio com uma revolução educacional que comece já nos primeiros anos de vida dos nascidos aqui.

A verdadeira revolução educacional em Alagoas que poderá trazer a tão sonhada emancipação, só acontecerá quando todos tiverem acesso a um ensino de qualidade; quando forem utilizadas as melhores práticas de ensino hoje disponíveis; quando as nossas escolas forem transformadas em centros de recursos comunitários para o ano todo e sempre; quando ao definir a política pedagógica e os respectivos conteúdos os pais e os professores sejam ouvidos; quando aprendermos a investir no recurso chave da educação que são os professores, os mestres.

A emancipação política deve ser comemorada sim e devemos aos nossos heróis do passado, mas a verdadeira independência, a verdadeira emancipação essa ainda está por acontecer, é uma divida que precisamos resgatar em memória daqueles que nos emanciparam politicamente.

Vamos todos irmanados fazer a transformação necessária que nos tire da condição de um Estado de “risco” e nos transporte para um Estado de futuro.

Pense Nisso

 

 

 

 

 

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