Luana Amaral, advogada da ex-primeira-dama de Alagoas, Marina Cintra, procurou a imprensa para cobrar, publicamente, do Conselho de Segurança (Conseg), resposta ao requerimento, protocolado no dia 27 de novembro deste ano, solicitando, em regime de urgência, a concessão de segurança pessoal para Marina.

"A requerente teve deferida a seu favor a proteção/segurança pessoal exercida por policiais militares, desde 2006, em decorrência do conflito entre as famílias do atual governador Paulo Dantas (ex-esposo da requerente) e a família Boiadeiro, que vem praticando crimes uns contra os outros há muitos anos", destaca trecho do documento.

O requerimento frisa que a ex-primeira-dama, que é também ex-prefeita de Batalha, foi uma das mais ameaçadas de morte, dentre outros crimes, em decorrência da exposição política e do seu então relacionamento de quase 30 anos com o atual governador.

Relata, ainda que, em novembro deste ano, após manifestar mudança em seu posicionamento político, foi informada, por meio de um 'recado' dos próprios seguranças, acerca de "ordens superiores para não mais fazer a segurança dela".

Ressaltando que, desde então, Marina Cintra se encontra "exposta, vulnerável e insegura, temendo pela própria vida diante do cenário de conflitos políticos", o requerimento acrescenta que ela tem pretensões de ser candidata a outro cargo político em 2026, "o que a expõe ainda mais ao risco de represálias e atos de violência, dadas as condições sensíveis do ambiente político local e o histórico de violência que envolve as famílias a que a mesma pertence e já pertenceu".

A advogada conta que o requerimento chegou a ser pautado na sessão ordinária do Conseg do dia 15 deste mês, mas a apreciação foi adiada, a pedido do relator, Luiz Medeiros, representante da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social.

Ainda conforme Luana, o relator lhe disse que o requerimento deve ser apreciado em sessão extraordinária.

Para ela, diante do pedido de urgência, com vistas a preservar a integridade física da ex-primeira-dama, nada justifica a demora na análise do requerimento, por isso, pretende levar o caso ao Ministério Público Estadual.

Ontem, dia 17, a advogada protocolou um novo requerimento no Conseg, desta vez solicitando cópias dos autos de todos os processos e procedimentos nos quais a ex-primeira-dama figure como parte ou interessada, assim como cópia da decisão que ensejou a retirada da segurança destinada a Marina.