Ré pela Justiça por estupro por omissão, tortura e outros crimes, Jessica da Conceição Vilela, proprietária da Clínica Luz e Vida, onde a esteticista Cláudia Pollyanne foi assassinada, teve o Habeas Corpus negado pela Câmara Criminal Tribunal de Justiça, em sessão nesta quarta-feira (3). 

Ela é esposa de Mauricio Anchieta, que também se encontra recluso no sistema prisional. A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito que investigava a morte da esteticista e indiciou Maurício pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Em nota, o Grupo de Amigos de Cláudia Pollyane destacou que recebeu com alívio a decisão da Câmara Criminal do TJ de hoje: “Para os amigos esta decisão reafirma que um crime dessa gravidade não pode, em hipótese alguma, permanecer impune”.

Na nota, os amigos lembram que Cláudia e outros internos foram submetidos a torturas, ameaças e diferentes formas de violência dentro do espaço que deveria oferecer tratamento e acolhimento. 

“O sofrimento enfrentado por cada uma dessas vítimas não pode ser esquecido, e o avanço da Justiça representa um passo fundamental para que a verdade continue vindo à tona. Agradecemos aos desembargadores que compõem a Câmara Criminal — Des. Ivan Vasconcelos Brito Junior (presidente), Des. João Luiz Azevedo Lessa e Des. Domingos de Araújo Lima Neto — pela condução responsável do julgamento. O Des. Tutmés Airan, que também compõe o colegiado, encontra-se de férias”, destaca trecho da nota.

Agora, a Comissão acompanha a definição da Justiça sobre qual vara ou comarca detém competência legal para dar prosseguimento ao inquérito já concluído sobre o assassinato de Cláudia Pollyanne. 

A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito que investigava a morte da esteticista e indiciou o proprietário da clínica onde ela estava internada pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar. O caso, registrado em agosto, gerou comoção no estado e motivou uma mobilização intensa da família e de amigos da vítima.