O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pediu à Justiça que a Gazeta seja intimada a explicar o não pagamento de uma parcela prevista no plano de recuperação judicial aprovado em julho de 2022. O pedido foi encaminhado ao juiz Erik Costa, da 10ª Vara Cível de Maceió, que acompanha o processo. As informações são do portal É Assim.
De acordo com o banco, o acordo previa 12 meses de carência sobre o valor principal da dívida, mas determinava o pagamento mensal dos juros 25 dias após a homologação da recuperação — que só ocorreu em setembro daquele ano. Também estava estipulado que a variação do IPCA seria incorporada mensalmente ao saldo devedor, sempre no dia 25.
Segundo o BNDES, a primeira parcela de juros deveria ter sido quitada em 25 de novembro. O boleto, no valor de R$ 14.579,98 e com vencimento prorrogado para 27 de novembro, foi enviado à empresa, mas não houve pagamento.
Diante do que considera um descumprimento do plano, o banco solicita que a Gazeta apresente o comprovante de quitação ou justifique o atraso. Caso contrário, pede que a recuperação judicial seja convertida em falência por violação das obrigações assumidas.
O episódio ocorre após o BNDES — ainda durante o governo Bolsonaro — ter perdoado cerca de R$ 10 milhões da dívida da empresa e ter se posicionado contra os trabalhadores na votação do plano de recuperação em 2022.










