O deputado federal Marx Beltrão (PP) afirmou, na manhã desta quarta-feira (26), que “os interesses de Alagoas e dos municípios alagoanos devem ser colocados em primeiro plano, com o estado sendo contemplado, como ocorre todos os anos, pelas emendas da bancada federal no Congresso Nacional”. O parlamentar fez ainda um apelo aos integrantes do MDB alagoano para que “revejam sua posição no Senado e na Câmara e não se recusem a assinar o documento de entrega das emendas de bancada, uma vez que a não apresentação dessas emendas vai na contramão das necessidades do povo alagoano e precisa ser revista com urgência”.
As declarações de Marx fazem referência ao fato de que Alagoas está ameaçada de ficar sem as emendas de bancada ao Orçamento Geral da União (OGU) de 2026, devido à recusa de membros do MDB em assinar o documento que formaliza o envio das proposições. Sem esse registro, Alagoas — especialmente seus municípios — pode perder mais de R$ 400 milhões em recursos federais, valor que ainda não foi protocolado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) por falta das assinaturas dos parlamentares emedebistas.
“A proposição das emendas de bancada, tal como foi feita em 2025 mirando o OGU de 2026, está 100% de acordo com a lei. Não há nenhuma irregularidade — muito pelo contrário. Todos os estados do país entregaram suas emendas nos mesmos moldes adotados pelos oito parlamentares alagoanos: sete deputados federais e uma senadora. Essa divergência só acontece no caso de Alagoas em razão da posição dos membros alagoanos do MDB no Congresso. Não quero crer que interesses políticos estejam determinando esta postura. Somos nove deputados federais e três senadores. Precisamos, todos, priorizar as demandas da população. E esta prioridade sempre uniu os membros da bancada, inclusive os que integram o MDB”, afirmou Marx Beltrão.
Para que as emendas fossem validadas pela CMO, eram necessárias as assinaturas de, no mínimo, seis deputados federais e dois senadores. Ao todo, sete deputados — entre eles Marx Beltrão — e uma senadora assinaram o documento. Dois senadores e dois deputados federais, todos do MDB, não assinaram. “É necessária a união de toda a bancada. Sempre prezo pelo diálogo e pela comunhão de esforços quando o objetivo é beneficiar o estado. Acredito que, com uma boa conversa, chegaremos a um entendimento, com os membros do MDB compreendendo a legalidade integral da proposição de nossas emendas coletivas”, reforçou o parlamentar.
Prejuízo para os municípios
Marx também destacou que “a situação é ainda mais cruel quando olhamos para a realidade dos municípios alagoanos, muito carentes de recursos, especialmente na área da saúde. São cidades que não podem ficar sem os recursos das emendas de bancada. A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) já alertou para a gravidade da situação caso se confirme a perda desses mais de R$ 400 milhões. Isso seria uma tragédia. Já contatamos o presidente da entidade, prefeito Marcelo Beltrão, e reiteramos nosso empenho pelo diálogo e pela apresentação das emendas. Não podemos nos dar ao luxo de perder essas verbas — ainda mais quando tudo está dentro da legalidade, da transparência e da probidade”, enfatizou o deputado federal e ex-ministro do Turismo.










