A menina é uma criança belíssima, com uma vivacidade no olhar , feito símbolo da esperança ‘teimosa’ que insiste em pulsar n’alma do território quilombola de Birros, município de Teotônio Vilela, Alagoas.
A menina tem 7 anos e já é órfã de mãe.
A mãe da menina foi ‘pro céu’ aos 22 anos.
A mãe morta da menina faz parte da estatística de gravidez na adolescência, um agravo que macula a infância/adolescência de muitas meninas no Brasil todinho, principalmente, as pretas.
E ainda mais as meninas quilombolas, que vivem isoladas da cidadania prometida pelo estado, mas que raramente as encontram.
A meninazinha quilombola, tão linda, também não decifra as letras.
Não lê, nem escreve.
O pai da menina faz parte da estatística populacional, em que os homens deixam o quilombo em busca de emprego, nas grandes cidades.
São Paulo é um rumo, muitíssimo procurado.
Quando o pai da menina sai pelo mundo de meu Deus, em busca da sobrevivência, leva a família junto.
De mudança em mudança a escola fica inalcançável para criança.
Depois da morte da mulher, o pai deu marcha a ré e voltou pro Quilombo de Birros, com a meninazinha, de 7 anos, que nem lê, nem escreve.
E no Mês da Consciência Negra , esta ativista, Arísia Barros inquire:- Quais são as diretrizes que o MEC/SECADI,ESTADO E MUNICÍPIO, considerando as particularidades de cada criança, tem feito para garantir o direito à educação para as crianças, em seus contextos diversos, como a quilombola de 7 anos, moradora do Quilombo de Birros, no município de Teotônio Vilela, Alagoas.
Minha mamãe está no céu- diz a meninazinha, de 7 anos, do Quilombo de Birros, em Al.
É novembro!










