Está chegando a hora de Bolsonaro ser levado a uma cela do sistema prisional brasileiro. Nesta sexta-feira 7 de novembro, a Primeira Turma do STF começa a julgar os últimos recursos do ex-presidente e de outros réus condenados pela trama golpista. Serão analisados os chamados embargos de declaração e embargos infringentes. A decisão sobre esses palavrões não enfrenta o mérito das sentenças. Ninguém será absolvido.

Os recursos podem sim, em tese, reduzir o tamanho das penas e elucidar se um réu deve ficar em regime fechado ou em prisão domiciliar. Simplificando, é isso aí. O julgamento desses recursos será virtual e pode se estender até o dia 14 deste mês. O passo seguinte é a execução da pena. Bolsonaro tenta escapar do regime fechado.

Sem alarde, o ministro Alexandre de Moraes determinou uma vistoria do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O movimento levantou a suspeita – óbvia – de que este pode ser o destino de Bolsonaro e outros parceiros de golpe.

Estranha foi uma decisão do governador de Brasília, Ibaneis Rocha. Em documento enviado a Moraes, a Secretaria de Administração Penitenciária pede um exame médico em Bolsonaro – antes da decisão sobre o local em que ele cumprirá a pena. Advogados do ex-presidente relatam que ele está com o pé na cova, afundado em depressão.

Nem parece aquele valentão que atazanou o país durante os quatro anos de mandato. A decadência do “mito” chegou num ponto sem retorno. A turma de pré-candidatos da direita, incluindo os partidos, olha para frente em busca de um nome para encarar Lula em 2026. A família Bolsonaro berra para todos os lados em busca de salvação.

A agenda política está abarrotada de temas, das CPIs no Congresso às articulações eleitorais, passando pelo debate sobre o crime organizado. As discussões sobre medidas no campo da economia também se espalham em diferentes esferas. Está aí o projeto que isenta do Imposto de Renda todos os que recebem até 5 mil reais por mês.

Ainda no campo mais saudável, digamos assim, o Brasil está no centro do noticiário mundial com a realização da COP-30 em Belém do Pará. Líderes de todos os continentes discutem aqui o futuro do planeta. Ou seja, com tanto para fazer, chega de desperdiçar tempo com um vagabundo que tentou golpe de Estado para se perpetuar no poder.

Nada de redução de penas para condenados pelo 8 de janeiro de 2023, e nada de anistia para criminosos que planejaram até o assassinato do presidente e do vice eleitos em 2022. Sim, a hora de Jair Messias chegou. Que o STF cumpra a última etapa do julgamento e mande os condenados para a cadeia. No Estado Democrático é assim.