Esta ativista, Arísia Barros, fica muito feliz, porque as ações do Instituto Raízes de Áfricas continuam a promover micro-revoluções.

 É legado!

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Querida Dona Arísia Barros,

É com grande apreço que me dirijo a você para compartilhar algumas reflexões sobre minha trajetória na Escola Mízia Bezerra de Farias, onde tenho o privilégio de atuar como coordenadora pedagógica há 28 anos. Ao longo desse tempo, minha percepção sobre o território e a comunidade que nos cerca foi profundamente transformada, em grande parte graças a senhora e ao impacto significativo da Nilda .

Desde minha chegada à escola, muitos anos atrás, minha visão estava limitada ao ambiente escolar. No entanto, foi a partir de 2022 que comecei a olhar para a comunidade quilombola e seu povo com um novo entendimento e sensibilidade. O resgate das tradições e da cultura desse povo, aliado a um trabalho de parceria com o território, é uma prática esplêndida que enriquece nossa educação e promove a valorização de suas raízes.

Como uma mulher branca casada com um homem negro e mãe de um filho negro, compreendi a importância de uma educação antirracista que não apenas reconhece, mas também defende e valoriza a identidade e a história desse povo. Os ensinamentos que recebi de você e da Nilda foram fundamentais para essa compreensão e para a construção de um espaço educacional mais inclusivo e respeitoso.

Agradeço profundamente por sua orientação e por me inspirar a ver além das paredes da escola, abrindo os olhos para a riqueza cultural e histórica que nos cerca.

Agradeço imensamente por nos levar pro Seminário Nítorí, ‘As Margens das Histórias Negras , na  11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Bienal.

Muito obrigada!!!

Com gratidão,

Professora Jô  

Coordenadora Pedagógica da Escola Mídia Bezerra de Farias- 

Municipio de Teotônio Vilela