Josenilda Barbosa Soares, ou simplesmente Nilda, natural do municipio de Teotonio Vilela, em Alagoas, é uma profissional da rede municipal de educação, determinada, focada no compromisso da partilha dos saberes negros, da valorização do território quilombola vilelense de Birros e Abobreiras.
A luta contra o racismo que invisibiliza e segrega os quilombos, ainda não desperta o interesse humanitário dos muitos espaços institucionais, mas, atravessando a indiferenciação, Nilda faz florescer caminhos.
É uma parceira, para além das disputas, por quem esta ativista, Arísia Barros, tem respeito incomensurável.
Faz um tempo que se autodeterminou em estudos contínuos, pesquisas aprofundadas, para fazer nascer uma cartilha de orientações para a educação quilombola, documento norteador da política de educação.
Fez escutas ativas, imersivas nas comunidades quilombolas, enfatizou o protagonismo das mulheres, reinterpretou o abecedário da exclusão, registrou cotidianos invisíveis deixando explicita a potencia dos saberes negros.
Aconteceu uma sucessão de perrengues, não foi fácil, mas, Nilda costurou tudo com a borda do afeto e do respeito às tradições e desse processo surge a primeiríssima Educação Quilombola- Cartilha com Orientações Curriculares e Pedagógicas.
O lançamento acontece na Bienal Internacional do Livro, no estande da SECULT, às 17 horas, do sábado, 01/11, no dia de Todos os Santos ( respeito às diferenças, né?)
Parabéns, companheira!











