O alagoano Albino dos Santos Lima, conhecido como “Serial Killer”, sentará novamente no banco dos réus nos dias 31 de outubro e 7 de novembro. Na primeira data, ele responderá pelo homicídio de Tâmara Vanessa dos Santos e pela tentativa de assassinato de um casal, ocorridos em junho de 2024, no bairro Ponta Grossa, em Maceió. O júri, que deveria ter ocorrido em 7 de outubro, foi adiado a pedido da defesa.
Na segunda sessão, Albino será julgado pelo assassinato de Beatriz Henrique da Silva e pela lesão corporal de seu filho, menor de idade. Esta será a quarta e quinta vez que ele é levado a júri pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), que será representado pelo promotor Antônio Vilas Boas. Ele sustentará a denúncia com base nas qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Em entrevista, Vilas Boas ressaltou a periculosidade de Albino: “Não há como negarmos que esse cidadão é de grande periculosidade. Esperamos mais um resultado com condenação. Ele precisa pagar por tudo que fez, não apenas às vítimas, mas também às famílias. Na verdade, ele apavorou toda a sociedade alagoana”, afirmou o promotor.
O réu costumava justificar seus crimes alegando envolvimento das vítimas com criminalidade. No caso de Tâmara e do casal sobrevivente, entretanto, foi comprovado que eles não tinham relação com tráfico de drogas nem com prostituição, invalidando a justificativa usada pelo acusado como álibi.
Retrospectiva dos crimes
O último júri de Albino ocorreu em setembro de 2025, quando foi condenado a 14 anos e sete meses de prisão em regime inicialmente fechado por tentativa de homicídio duplamente qualificada contra Alan Vítor dos Santos Soares, de 20 anos, no bairro Vergel do Lago.
O réu já foi condenado a 24 anos e seis meses pela morte da mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo. Em abril deste ano, recebeu pena de 37 anos de prisão pelos crimes de homicídio do barbeiro Emerson Wagner da Silva, de 37 anos, e tentativa de homicídio contra uma jovem.