Os chefes de família da extrema direita são brasileiros e não desistem nunca. Velhotes e rapazinhos seguem com a mente tomada por preocupações sobre o universo da sexualidade. Da sexualidade alheia, que fique claro. É uma turma que se apresenta como vigilantes do comportamento íntimo dos outros. Esse tipo de conduta, como demonstrado ao longo dos séculos, diz muito sobre os fiscais da intimidade social.
A inspiração dessa manada brasileira tem um representante internacional. Vejam o caso de Trump e da ultradireita americana. De tão zelosos com o puritanismo republicano, o presidente dos Estados Unidos e seus amigões são grandes estrelas nos maiores escândalos de abusos sexuais por lá. Todos, claro, “cristãos conservadores”.
Voltando ao país de Jair Messias e Carluxo, Alagoas dá sua contribuição para esse circo infernal da escatologia política. Alguns marmanjos na Câmara de Maceió e na Assembleia Legislativa só pensam naquilo. Talvez fosse o caso de uma terapia para esses vereadores e deputados. Certas fixações escondem distúrbios graves.
Mas, pensando bem, talvez não seja este o caso para tais senhores com sinais de perturbação cognitiva. Não se pode esquecer que estamos no campo da política. Assim, nenhum divã alivia delinquência intelectual e hipocrisia. De todo modo, pode ser ainda uma combinação fatal das duas dimensões do fenômeno. Ficou claro isso?
As peripécias desses políticos requentam o começo do governo Bolsonaro, quando a bestialidade começava a empestar um país inteiro. Lembram da “escola sem partido”? E aquele ministro que recomendou – oficialmente – que alunos gravassem professores em sala de aula? E a insanidade da coroca Damares Alves? E o “beato Salu” do Itamaraty?
Pela madrugada! Nos primeiros dias de 2019, se abriram as comportas do grotesco mais desvairado. Nunca houve nada tão sujo, tosco e errado na máquina pública brasileira. Tivemos até secretário nacional imitando discurso de nazista. E, claro, a sexualidade como prioridade nas ações dessa gentalha deserdada por Deus.
Pois bem. Filhotes da Damares seguem atazanando aqui a ali a vida de pessoas indefesas. Como se fossem zumbis condenados à perdição, essas tranqueiras insistem na defesa de ideias à altura daqueles dias infames do período Bolsonaro.
Deputados e vereadores alagoanos estão nessa. Machinhos histéricos querem decidir o que os outros, especialmente as mulheres, podem fazer com seus corpos, escolhas e desejos. Cabeça oca, pensamentos indigentes. Tudo muito suspeito.