A nova rodada de pesquisas Quaest confirma a boa fase de Lula e o aperreio da oposição. A aprovação ao governo sobe mais uma vez, como vem ocorrendo nos últimos meses. Os números estão em matéria publicada pelo CM e na imprensa em geral. Como escrevi em texto anterior, o petista saiu das cordas e passou para o ataque. O cenário revela o presidente em viés de alta, fato atestado por diferentes institutos.
Os adversários surfavam até março passado na onda de más notícias para o governo. Ocorre que grande parte dessa onda era formada por oba-oba de rede social e mesmo por distorções deliberadas dos acontecimentos. O caso emblemático foi a cascata de fake news sobre um inexistente imposto sobre o Pix. Era obra de Nikolas Ferreira.
Superado aquele momento produzido por ativistas remunerados, ao que parece para mentir, o governo conseguiu escapar da armadilha. Aos poucos, deve-se ressaltar, a comunicação governista foi obtendo resultados sob a nova direção do chefe da Secom, Sidônio Palmeira. Uma convergência de fatores ajudou na virada para o Planalto.
Segundo os pensadores responsáveis por essas pesquisas, das diferentes empresas que sondam o eleitorado, a guerra política não permite larga vantagem, para um lado ou para outro. A divisão radicalizada da sociedade se traduz na curta distância entre os que aprovam e os que rejeitam um governo. E este é o panorama brasileiro.
Fato é que, mês a mês, a cada rodada no Datafolha, Quaest, Paraná, Ipesp e outros institutos, a tendência de crescimento na aprovação ao governo Lula é um dado comum a todos. Na média de todas as pesquisas, o saldo negativo foi diminuindo até chegar ao atual cenário em que o petista é aprovado pela maioria. Por que isso?
Basicamente pela combinação de duas variáveis: ações do governo e presepadas da oposição. Apesar da gritaria nas redes, medidas na economia surtem efeito no bolso. Enquanto isso, a histeria da extrema direita não sai do canto com a defesa de anistia para Bolsonaro e a tentativa de requentar falsos dilemas na “pauta de costumes”.
As notícias mais novas nessas duas frentes foram a aprovação, na Câmara dos Deputados, da isenção de IR para quem recebe até 5 mil reais, e a “química” entre Lula e Trump. Precisamente, uma tacada na economia e outra na política.
De acordo com os dados, Lula caminha para chegar ao ano da eleição mais forte do que todos imaginavam, com potencial para turbinar sua aprovação. A ultradireita, claro, tenta negar os fatos expostos à luz do dia. Um clássico no campo da Psicanálise.