Terça-feira 7 de outubro de 2025 foi um dia útil, um dia de trabalho para milhões de brasileiros. Para milhões de batalhadores pelo Brasil, a terça-feira 7 de outubro começou ainda na madrugada e se estendeu até a noite. Para a maioria dos brasileiros, esta terça-feira foi mais um dia no batente, no sufoco, no aperto, na ralação de sempre – afinal, esses milhões de brasileiros cumprem suas obrigações para sobreviver.

Realidade bem diferente para vadios da política que foram passear em Brasília nesta mesma terça-feira 7 de outubro de 2025. Com o dinheiro que recebem dos cofres públicos, desocupados deixaram suas cidades e foram participar de uma caminhada em defesa de um bandido condenado a 27 anos de cadeia pelo STF. São “patriotas”.

Sim, houve mais uma manifestação organizada pelo picareta e dublê de pastor evangélico chamado Silas Malafaia. Com ele estavam Flávio Bolsonaro e algumas dezenas de outros apoiadores de golpe de Estado, apoiadores do marginal que planejou impedir a posse do presidente eleito, para ficar no Planalto, mesmo sem voto.

Os que foram ao ato em Brasília falam em “liberdade” e reclamam de uma “ditadura do STF”. Não. Ditadura querem esses depravados que apoiam tortura e golpe contra o resultado de uma eleição. Ditadura é coisa de quem defende – e alguns praticam ou praticaram – extermínio de miseráveis nas periferias. Foram defender um criminoso.

É o papo sem-vergonha da “anistia geral” para Bolsonaro e sua corja de militares e civis que tramaram o golpe – e até os assassinatos de Lula, do vice Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. A quadrilha continua poluindo o país com essa indecência de anistia, o que seria na verdade um troféu de impunidade para quadrilheiros.

Não vai rolar de jeito maneira. As ruas já deram mostras de que o Congresso não terá força para cometer esse atentado. É trágico que o país tenha de lidar com uma pauta que nada representa para a sociedade, a não ser atraso e sabotagem de demandas do interesse coletivo. Mas a extrema direita delira que tudo pode à base da truculência.

Foi com essa convicção típica do autoritarismo que ocorreu mais esse ato de malandragem na capital federal em homenagem a Bolsonaro. Não bastasse a desqualificação do conjunto da obra, temos de ver malandros golpistas bancarem suas taras particulares com o dinheiro do povo. Aí, não. Vão trabalhar, vagabundos.