Vivendo num mundo paralelo. É a única explicação para o comportamento do ainda deputado Eduardo Bolsonaro, o fujão que se esconde nos Estados Unidos. Que este desqualificado ainda esteja no mandato, atuando contra os interesses do Brasil, diz muito sobre o esgoto em que se transformou a Câmara Federal. O filho Zero Três do Jair segue fazendo ameaças a autoridades, adversários políticos e até a aliados.
Os últimos chiliques do sujeito foram na direção de Valdemar da Costa Neto e Paulinho da Força. O primeiro é presidente do PL, o partido que financia a vadiagem de Bolsonaro e Michele. O segundo é o deputado relator do projeto para reduzir as penas dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Eduardo não se conforma.
O rapaz e outros pares insistem na tal anistia ampla – o que não vai rolar, nem que um bolsonarista passe a andar sobre duas patas. (Não sei se fui claro). Numa peça de ficção delirante, escreve Eduardo: “Eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de acordo indecoroso e infame”.
Um delinquente desse nível querendo aplicar lições de moral nos outros é demais. Ou é fingimento ou sinal eloquente de demência. Ou as duas coisas. Há uma alta dose de desespero nas palavras e nos atos do admirador de torturadores. E alguém desesperado pode cometer as piores barbaridades. A situação tende a piorar para ele.
As estripulias vagabundas de Eduardo servem para aquilatar o tipo padrão do bolsonarista. Bananinha, como também é conhecido, toca fundo no coração e na cabeça perturbada de seguidores fanatizados por Jair Messias. Exemplo: porcarias da política alagoana que pedem intervenção de Trump no Brasil. Depravados irrecuperáveis.
Protesto domingueiro. Neste domingo, estão agendadas manifestações de rua por todo o país contra o projeto de anistia e a PEC da bandidagem. As duas ideias indecentes tramitam na Câmara e no Senado. Assim como aquele PL que criminalizava a vítima e protegia o estuprador foi barrado pela revolta popular, algo parecido pode acontecer.
De quebra, tem um oba-oba com a participação de artistas – que até convocaram as manifestações. Caetano, Chico Buarque e Gilberto Gil estão nessa. O primeiro era um entusiasta da Lava Jato até a última hora. Um oportunismo odara embala o trio de cantadores. Não me empolga esse engajamento festivo, mas essa é outra história.
Seja como for, sem anistia e sem impunidade aos criminosos de qualquer facção.