O professor Edson Moreira foi protagonista na capacidade de organizar ideias, caminhos e tantas e muitas oportunidades.
Historiador, teólogo e referência no movimento negro, professor Edson Moreira foi uma espécie de arquiteto da história antirracista provocou trilhas, idealizou estátuas, consolidou o legado que dialoga com universos dispares, em todas suas complexidades.
E umas das maiores e importantes iniciativas foi projetar um espaço de preservação da memória negra, um simulacro de museu/biblioteca sobre a cultura africana no Brasil.
E fez tudo isso , dentro da casa em que morava.
É o Quilombo Real, o Museu casa.
Edson Moreira foi um ativista dedicado à causa, mesmo no meio das tempestades das indiferenças sociais e políticas, se fez presença marcante e ampliou o leque de experiências nas ruas, espaços culturais, em livro, para que outras e novas gerações possam ouvir o passado contando histórias cheias de profundezas.
Carregava em si, uma multidão exuberante, como acúmulo de caminhos para o resgate da essência da negritude, em um dos estados mais racistas do Brasil, Alagoas.
Aos 88 anos, o professor Edson Moreira foi morar no Orun ( que siga em paz! ), e que aqui no Ayé, sua trajetória de muitas lutas continue abrindo portas, museus e consciências.
Para além do 20 de novembro.
Salve!