Agosto foi o mês das Conferências Estaduais e esta ativista, Arísia Barros, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, participou de duas fases, municipal e estadual da Conferência de Promoção das Políticas para Igualdade Racial, quanto da Conferência de Políticas para as Mulheres.
Foi uma experiência singular porque juntou pessoas diferentes e diversificadas das duas pautas.
Como ativista nos posicionamos de forma enfática, reforçando a extrema necessidade das políticas públicas de estado, para o combate ao racismo naturalizado e impregnado em todos os espaços sociais.
Alagoas é um dos estados mais racistas do Brasil e participar das Conferências foi uma oportunidade de conhecer as realidades locais e vale dizer que é necessário muita vontade da gestão política (tem?), e um acurado olhar do Estado para desafiar as diferentes vulnerabilidades e a complexidades, da violação dos direitos do povo negro.
É preciso que o governo estado de Alagoas caminhe para além das suas ações instagramáveis, que negam a profundidade do problema, o racismo em Alagoas se traduz como impossibilidades.
Não avançamos, muito pelo contrário retrocedemos quando investimos na cultura de festa para descriminalizar o racismo.
Em qual mapa está a população negra em Alagoas?
São muitas perguntas e quase nenhuma resposta institucional.
Alagoas é um dos estados mais racistas da federação.
E a cúpula dos homens brancos donatários desta ‘capitania hereditária’, sabe disso.
Pois, é!