Aparecida Nunes é uma mulher preta do Quilombo de Carneiros, em Alagoas e nos reencontramos , em pleno sábado, no espaço da Escola de Governo, no centro de Maceió, onde se realizou o segundo dia da V Conferência Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, realizada pela Semu e Cedim.

Quando Aparecida Nunes interceptou esta ativista foi logo dizendo:- 'Estamos com saudades de você, no Quilombo  e antes que eu investisse na memória,  acrescentou :- sou do Quilombo Lagoa do Algodão, em Carneiros.

E, nas esquinas do mundo que é Alagoas, paramos na porteira  do tempo para rememorar  momentos bons de trocas e diálogos salutares.

Foi no Quilombo Lagoa do Algodão que o Instituto Raízes de Áfricas, com o apoio importante da deputada Jó Pereira, plantou  uma das muitas mudas do Baobá respirando a  essência da alagoanidade das  lutas negras.

Foi com o apoio de Jó Pereira e da Prefeitura de Maceió que, em 2021,  40 mulheres do Quilombo Lagoa do Algodão conheceram o mar, a partir do  projeto Ébá Ókun – O Sertão vai ver o mar", desenvolvido pelo Instituto Raízes de Áfricas.

O projeto teve como objetivo  evidenciar as desigualdades sociais presentes no Estado, afirmando a necessidade do lazer como direito à cidadania plena.

Com Aparecida tivemos uma  conversa retalhada por boas lembranças, e disse-lhe que alguns posicionamentos controversos  mudaram o rumo da história, mas, que esta ativista e a deputada Jó Pereira  ficam felizes por saber que o Quilombo Lagoa do Algodão continua tecendo o fio das descobertas.

Aparecida Nunes foi a única quilombola participante na   conferência e eleita Delegada para Nacional.

Foi um prazer reencontrá-la,  Aparecida Nunes.

Os reencontros também alegram a alma desta ativista.

Obrigada!