Bolsonaro reclama que seus direitos humanos estão sendo violados. A família de Bolsonaro denuncia que a Justiça age com sentimento de vingança, atropelando as garantias legais do ex-presidente. Senadores e deputados exigem respeito e tratamento digno para Bolsonaro, em prisão domiciliar por risco de fuga. Cidadãos de bem estão indignados com a forma como o STF age no processo contra o “mito” da extrema direita.
Peraí! Direitos humanos para Bolsonaro?! É isso mesmo o que exigem seus apoiadores e seus parentes? Mas esse negócio de direitos humanos não é para “humanos direitos”? Aliás, esse troço de garantias para presos é coisa de esquerdista, uma gente que gosta de criminosos. A foto acima não combina com o chororô bolsonarista.
Vejam bem o que aparece na imagem. O ano é 2017. Carlos Bolsonaro, o filho perturbado, publicou em redes sociais o que seu pai pensa sobre essa brincadeira de direitos humanos. Fala Bolsonaro: “Direitos humanos – esterco da vagabundagem”. É difícil hierarquizar a mais repugnante infâmia perpetrada por esse sujeito, mas essa é forte candidata ao pódio. É o tipo de ideia que avançou no Brasil desses tempos.
O slogan asqueroso é recorrente na trajetória de Bolsonaro. Ao longo dos mandatos na Câmara Federal, esse pensamento depravado apareceu a cada temporada. Porque Jair Messias reverencia a ditadura militar, a tortura e o assassinato de opositores ao regime. Vagabundo tem mesmo que tomar porrada até a morte. E chega de mimimi.
É a filosofia existencial de Bolsonaro, seguida fielmente por sua manada. “Esterco da vagabundagem” é primo direto de “bandido bom é bandido morto”. Que história é essa de vida boa para presidiário? Como diriam os valentes da política alagoana, o marginal na cadeia que se dane. Temos é que proteger a família tradicional brasileira.
Jair Messias Bolsonaro é a pior presepada que já ocupou a Presidência da República. Um farsante em larga escala que fez fortuna com esquemas arranjados pela via da política. Além dos casos de corrupção, o capitão se empenhou desde sempre na defesa de milicianos. Adriano da Nóbrega ganhou homenagem de Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro pode se orgulhar de seu poder de influência. Não é qualquer um que consegue o status de adubo de um modo de fazer política. Mais precisamente, Bolsonaro é o esterco do bolsonarismo. Mas não sejamos iguais a ele. Até um estrume desse quilate deve ter direitos protegidos. Portanto, direitos humanos para esse esterco chamado Jair.