O sistema político das Alagoas dos Marechais , contraditoriamente, versado em prosa, versos e cantigas de liberdade daqui e d’alhures é oligárquico, androcêntrico e potencialmente eurocêntrico.
Alagoas é uma terra complexa, território apartheizado, ( cala tua boca, cabra!), banhada por água de mares glamourizados, cercados, como propriedade particular.
Alagoas é um território sob o domínio do medo e das controvérsias que permeiam as discussões sobre o que vem a ser de-mo-cra-ci-a .
O povo das Alagoas é um tanto espectador passivo.
-Eu não vou me meter nisso, não. Política não é comigo!- afirma-se convencido da neutralidade pacífica.
O povo negro de Alagoas é descendente direto da destreza politica de guerreir@s african@s entronizados no Quilombo dos Palmares , entretanto, porem, todavia, contudo, as lutas contemporaneas se dão de uma forma cruel, o alvo, permanentemente, é outro negro visto como ameaça. .
O sistema retroalimenta e consolida o auto-ódio.
É inexplicável , inconcebível, inaceitável que Alagoas tenha esse desalfabetamento político, diante das potencialidades e dos conhecimentos estratégicos aprendidos, através das lutas ancestrais , que revolucionaram espaços imutáveis, segregadores.
É inexplicável , inconcebível, inaceitável a subestimação institucional , em relação à valoração das representações negras, no território alagoano.
Coisificação.
Onde estão os negr@s, em Alagoas?
Na 11ª edição da Bienal Internacional do Livro, ou a 1² Bienal Negra?
Recentemente, quando da visita da ministra da Igualdade racial a Alagoas, o governo de Paulo, Excelência, de uma forma , nada transparente, assinou, festivamente, o protocolo de adesão ao Programa Juventude Negra.
E o povo negro do território de Palmares, nem convidado foi.
Apêndice descartável.
O mais interessante é que a responsabilidade de implementação do Plano Juventude Negra foi entregue à Secretaria de Estado de Relações Federativas e Internacionais.
Ôxe!
Estranho que na estrutura organizacional do Governo do Estado de Alagoas, até a noite desta segunda-feira, 18, ( amanhã tudo pode ser diferente) , encontramos a recém criada, Secretaria da Mulher, entretanto, porém, entretanto, contudo, todavia, INEXISTE a Secretaria de Direitos Humanos no mesmo organograma.
Como assim?
Esquecimento?
Omissão institucional é , também, violência legalizada.
Com a palavra o CONEPIR.

Secretarias e Órgãos | Governo do Estado de Alagoas | Website Oficial