A partir da portaria publicada em Diário Oficial , revogando a designação do profissional para atuação no Núcleo de Proteção Coletiva, sobre os desmantelos criminosos da BRASKEM, na vida de tantas pessoas, famílias inteiras, o defensor público do estado de Alagoas, Daniel Alcoforado, escreve:
Sobre o fim de um ciclo
Estou encerrando, de forma forçada e silenciosa, meu ciclo no Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública. Foram quase sete anos de trabalho contínuo, sempre guiado pela tentativa sincera de defender o que é coletivo, o que é público, o que é justo.
Não me afastei — fui afastado. Não por falta de trabalho ou de compromisso, mas por não corresponder a expectativas que não eram institucionais, nem republicanas.
Quando se opta por não atender certos interesses, mesmo discretamente, o sistema encontra maneiras de reagir. A retaliação nem sempre grita — às vezes, ela vem assinada em papel timbrado, publicada sem alarde, na tentativa de parecer rotina administrativa.
Saio com a consciência tranquila e a convicção intacta. Tudo o que fiz foi com responsabilidade, espírito público e respeito às pessoas. A trajetória continua, onde quer que eu esteja. O sentido permanece.'
E o blog continua a perguntar: Defensor geral, Fabrício Leão, mexer em um time tão qualificado, um time que trabalha para ganhar espaços na valorização dos direitos, tão violados, de muita e tanta gente não é legal.
O que acontece, Fabrício Leão?
Para Daniel, um queridíssimo parceiro de ações e afeto e toda equipe do Núcleo de Proteção Coletiva, a solidariedade irrestrita, desta ativista, Arísia Barros.
É sobre isso!
