Quer saber dessa história com começo, meio e fim?
Então, puxa a cadeira que esta ativista, Arísia Barros, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas te conta.
Foi assim: desde a adolescência , como muitas pessoas, fui e continuo a ser cliente assídua, em comprar, trocar e vender livros nos ‘Sebos’, agora conhecidos como ‘Alfarrábios’, que funcionam no paredão da Assembleia Legislativa de Alagoas, na capital Maceió, e seu entorno.
Livro novo sempre foi caro, né, não?
Crescer nesse universo, entre livros ‘velhos’ foi de uma importância singular para meu crescimento pessoal, intelectual, afetivo.
Em muitos e tantos capítulos de vida os livros me salvaram de mim.
Daí, inexoravelmente a ação do tempo e o abandono institucional encontraram um campo fértil para a deterioração do espaço dos Alfarrábios, cheio de memórias, coletivas históricas.
Presenciar o desgaste do lugar de preciosas memórias culturais e afetivas me doía o coração, e na busca de criar caminhos de diálogos com o poder público escrevemos uma mensagem para João Henrique, o prefeito de Maceió:
João Henrique precisamos falar sobre os Alfarrábios de Maceió. Pode ser?
E olha que legal, dias após, esta ativista, recebeu mensagem pelo zap-zap do presidente do Iplan, Antônio Carvalho para uma conversa e o queridíssimo assumiu de pronto: Eu topo. Vamos fazer!
De antemão, visitamos alguns alfarrábios levando as boas novas e para convidá-los à reunião com Antônio Carvalho e equipe, ( discutir ideias), entretanto mostraram um visceral e calejado descrédito no poder público ao declinarem do convite.
Mas, seguimos adiante.
Ficamos em um tempo expectante: Quando será?
E, foi assim que, a partir da solicitação desta ativista, o profissionalismo de Antônio Carvalho e determinação de João Henrique, a obra de reforma do espaço dos Alfarrábios, no Paredão da Assembleia Legislativa, esperada faz bem 50 anos foi iniciada, nesta quarta-feira, 11 de junho.
É um resgate , massa, de uma boa parte da cultura alagoana e o coração desta ativista está tinindo de contente.
Salve, Antônio Carvalho!
Valeu, João Henrique!
Obrigada!