A convite de Antônio Carvalho, presidente do IPLAN, um gestor que ousa sair do lugar comum esta ativista, Arísia Barros, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas participou , como palestrante, da mesa de abertura da Conferência da Cidade, na segunda-feira(9), no Senai Poço, em Maceió.
A Conferência Municipal da Cidade é a primeira etapa da 6ª Conferência Nacional das Cidades e tem como objetivo principal construir propostas para a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) e tem como tema central: "Maceió: das águas nascem os caminhos para o futuro."
Auditório cheio, com lotação esgotada, a ação agregou diversos segmentos sociais, técnic@s, gestor@s públicos, lideranças comunitárias e representantes de organizações da sociedade civil
E para suscitar um novo olhar sobre o território urbano focamos a conversa com o público, potencializando a narrativa negra, como memória coletiva. Adentramos com o tema , que ainda se faz inédito, nas Alagoas dos Palmares: Cidades Antirracistas.
Como descrever uma cidade desenvolvida, sustentável e inclusiva se há um ENORME silenciamento conivente e conveniente sobre políticas antirracistas?
Ao falar sobre Cidades Antirracistas referendamos o Programa Maceió é Massa Sem Racismo, como uma das estratégias indutivas que iniciou a discussão, em 2023.
Iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas e administrado pela Prefeitura de Maceió, o Programa Maceió é Massa Sem Racismo fez uma revolução no silêncio, socialmente confortável da capital alagoana, sobre enfrentamento ao racismo estrutural.
Participar da Conferência da Cidade, foi muitissimo importante, para esta ativista, no reafirmar que é preciso desafiar a geografia imutável dos conceitos parrudos e do racismo, que nos deixa à margem.
Nos territórios marginalizados: grotas, grotões, becos, vielas,as periferias invisíveis.
Sim, precisamos falar sobre Cidades Antirracistas!


