Maus-tratos a bovinos, descarte irregular de resíduos, armazenamento de carcaças em local impróprio, lançamento de efluentes diretamente no rio Santo Antônio e funcionamento sem licença ambiental. Essas foram as principais irregularidades identificadas por uma operação do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) em um abatedouro clandestino localizado no município de São Luiz do Quitunde.
A fiscalização ocorreu na quinta-feira (5) e revelou práticas ilegais com sérios riscos ao meio ambiente e à saúde pública. As carcaças eram armazenadas às margens do rio e os resíduos do abate despejados diretamente na água, contribuindo para a contaminação do manancial e afetando a fauna local.
Diante das infrações, foram lavrados seis autos de infração: três por maus-tratos aos animais, um pela ausência de licença ambiental, um pelo descarte de efluentes no rio e um pelo acondicionamento inadequado das carcaças.
O BPA também emitiu três Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) por maus-tratos e prendeu o responsável em flagrante pelo abate ilegal, descarte irregular e poluição. Ele foi encaminhado à Central de Interdição e Segurança Pública (CISP) de Matriz de Camaragibe.
Para o superintendente de Controle Ambiental e Sustentabilidade do IMA, Paulo Freire, o caso evidencia a gravidade dos danos provocados por abates clandestinos. “Essas práticas contaminam recursos hídricos, causam sofrimento animal e representam riscos à saúde da população. O IMA atua com firmeza para combater esses crimes ambientais”, afirmou.