O I Encontro Nacional de Órgãos e Assessorias de Direitos Humanos do Judiciário Brasileiro, que aconteceu, na segunda-feira, 2, na Serra da Barriga, em União dos Palmares surgiu como importante iniciativa do coordenador de Direitos Humanos (CDH) do Tribunal de Justiça de Alagoas, Pedro Montenegro, que acionou o STJ, através do apoio do ministro Luís Roberto Barroso.
E foi Pedro quem enviou o convite do TJ , para esta ativista, Arísia Barros: - Contamos com sua presença, viu, Arísia.
E, claro que aceitamos, né, não?
E, uma grande tenda foi armada para abrigar as centenas de pessoas presentes, desde gente ligada ao poder público, das três esferas governamentais, quanto quilombolas e representantes da sociedade civil, como o Instituto Raízes de Áfricas.
E no solo sagrado, esta ativista, fez parar a comitiva do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, para ser ouvida, e fazer a entrega do livro Odo, o Livro Preto de Poesias
Odo na língua iorubá quer dizer juventude, é um livro preto, a primeira obra do gênero do Brasil todinho, porque agrega representatividade, reconhecimentos e lutas travadas por jovens das periferias alagoanas. Tem poesias de jovens negros de assentamentos sem-terra, vendedor de picolés, meninos socioeducandos, gays, jovens da religião de matriz africana e etc.
O livro composto em 2019, tem iniciativa inédita do Instituto Raízes de Áfricas, com o apoio do Governo do Estado de Alagoas.
Foi uma conversa entrecortada pelas lentes da câmara e as cantigas espalhadas pelo vento da Serra, mas, o ministro ouviu atentamente e asseverou que é um convicto defensor do antirracismo.
-Estou feliz em receber esse livro. A senhora deu o presente para pessoa certa, pois adoro poesias. Vou ler- afirmou o ministro.
Precisamos potencializar os saberes da juventude negra, ministro. E é importante que o STF tenha uma registro único, como Odo.- disse esta ativista.
Como é o nome da senhora?- perguntou o ministro.
-Arísia Barros, está assinado no livro e tem, também, todos os números de telefone, caso o Senhor queira entrar em contato.- finalizou Arísia Barros.
E assim, a convite do TJ, através do coordenador de Direitos Humanos (CDH) do Tribunal de Justiça de Alagoas, Pedro Montenegro, fomos à Serra da Barriga conversar com o ministro Barroso sobre políticas de causa.
Momento ímpar!
Obrigada, ministro!
Obrigada, Pedro Montenegro!




