Lideranças empresariais do projeto Asa Branca Alagoas, Vicente Jorge Espíndola e Sidrack Ferreira, afirmam que “não haverá limitação”, em termos de empenho, investimento, geração de empregos e estímulo graças à consolidação de sua presença no Estado.
Para o próprio grupo, detentor da afiliada Globo em Caruaru (PE) e região, a consolidação em Alagoas representará a duplicação de sua capacidade na área de atuação preferencial, dos quatro segmentos em que está presente: ensino superior, indústria de confecções e indústria de plásticos.
“É aquele em que mais temos entendimento e aquele com o qual nós nos identificamos mais”, afirmou Espíndola, referindo-se ao setor da comunicação.
“É aquilo de ter a comunicação no sangue, ter no DNA; sentimos essa necessidade de estar trabalhando pela informação. Comunicação é muita coisa para nós – é quase tudo. A gente sabe com que vocação a gente nasce – e a nossa vocação é a comunicação, com certeza”, enfatizou.
As projeções foram feitas em entrevista numa edição especial do programa “Conexão Alagoas”, exibido no Canal Futura, que integra o grupo carioca e que a Asa Branca em Alagoas já está transmitindo.
O bloco 1 do programa foi dedicado à entrevista com Vicente Jorge Espíndola, jornalista, empresário e acionista fundador do Grupo Asa Branca.
O segundo bloco teve a participação também do diretor-executivo Sidrack Ferreira.
“Nesse cenário novo, a TV Asa Branca pretende, enquanto afiliada, ocupar os espaços que a ‘cabeça de rede’ nos oferece”, enfatizou Ferreira.
Espíndola demonstrou entusiasmo com a implantação da tecnologia da tv 3.0, que os líderes preveem que ocorrerá em até dois anos.
Indagado pelo apresentador, o jornalista Mauro Wedekin, sobre os questionamentos e informações veiculadas em vários setores de que com sua chegada, o Grupo Asa Branca provocaria uma onda de desemprego no setor de comunicação, empresário e sócio fundador do grupo negou categoricamente o que vinha sendo veiculado e declarou de modo veemente:
“Vai gerar muito emprego – e emprego de qualidade”.
“O grupo Asa Branca, no Nordeste, é uma referência – o que faz, faz bem-feito”, acrescentou o diretor-executivo Sidrack Ferreira.
Ele comentou sobre a compromisso de assumir a retransmissão do sinal da Globo em Alagoas e ressaltou que a empresa já dispõe dos equipamentos para assumir essa responsabilidade, além das projeções, em termos de implantação de tecnologia – via novos equipamentos – para a transmissão do sinal de tv em tecnologia 3.0.
O grupo vai adquirir os equipamentos mais modernos para aproximar a TV digital da Internet, “para oferecermos vídeo sob demanda (VoD) e tantas outras capilaridades que a tecnologia da tv 3.0 irá nos oportunizar”, declarou.
Sobre o que o público alagoano deve esperar do Grupo Asa Branca se consolidando em Alagoas, o empresário Vicente Jorge Espíndola acrescentou:
“Pode esperar investimento em comunicação, que é o que nós gostamos de fazer; vamos ter várias plataformas digitais e vamos entrar em comunicação em qualquer ramo que haja possibilidade: não teremos limitação”.
“Nós podemos tanto explorar televisão, rádio, plataformas digitais, como [segmento da] comunicação visual”.
A ocupação de todos os espaços da “cabeça de rede” – como definiu Ferreira – é o argumento principal do diretor-executivo do grupo em Alagoas para reforçar o cenário favorável de demanda por profissionais qualificados:
“Em ocupando este espaço, naturalmente teremos que ter jornalistas, radialistas, operadores, operadoras, para produzir este conteúdo”.
“Então, teremos, necessariamente, mais contratação”.
“E por quê? Porque estamos falando de uma capital: a programação é mais exigida, a ocupação de espaço é maior. Então, por conta de todas essas variáveis, o Grupo Asa Branca em Maceió será uma presença marcante”, declarou o executivo.
E especificamente sobre o anúncio recente, acerca de o Grupo Asa Branca estar com previsão de que terá o dobro de funcionários da TV Gazeta, o executivo da futura afiliada Globo em Alagoas também foi enfático em afirmar que sim.
“É natural que tenha um horizonte temporal para que isso acelere, mas o objetivo é mesmo preencher todos os espaços que a ‘cabeça de rede’ nos concede produzindo conteúdo em Alagoas”, enfatizou Sidrack Ferreira.
“Vamos desempenhar um trabalho exemplar, um trabalho organizado, um trabalho de atenção às pessoas, de atenção aos clientes, aos anunciantes, às agências de publicidade – tudo isso será desempenhado com muito cuidado e muito critério”, enfatizou.
“Será um ganho porque o Grupo Asa Branca demonstra ao longo do tempo que o que faz, faz bem-feito”, declarou Ferreira.
“E neste caso, o tempo é um documento fortíssimo – a história é inquestionável”, declara Ferreira.
“E tem feito isso de forma simples, de forma clara; e em Alagoas isso será replicado com uma dosagem ainda maior”, concluiu.
Paixão
Vicente Jorge Espíndola começou seu contato com este universo como locutor, repórter de rádio, em coberturas esportivas, incluindo esporte amador, em Fortaleza (CE).
Pessoalmente, define-se como “baiano, alagoano, pernambucano, cearense – nossa conexão é por todos esses estados; eu me considero um transnordestino”, declarou, mas, sem deixar de destacar que seu bisavô era alagoano.
A forma como se considera traz em si, inclusive, certa mescla da região: para pessoas que vão com frequência a Recife, a Transnordestina é uma rodovia municipal, uma grande avenida que corta a capital pernambucana de norte a sul, ligando desde o acesso à cidade pela entrada antes do aeroporto, até a saída, nas imediações de Paulista, cidade da região metropolitana, onde começa o trecho da rodovia BR-101 que leva à capital paraibana.
Aliada à paixão que o levou a fabricar um transmissor de rádio graças aos conhecimentos adquiridos em um curso de eletrotécnico, a condição de empreendedor herdada do bisavô – que abriu uma das primeiras lojas de departamento da capital pernambucana – fez com que Vicente Jorge, aos vinte anos, já detivesse uma emissora de rádio em Sobral (CE).
Momento que concilia vários desses aspectos foi a concessão do título de Cidadão Recifense, na época da montagem da Rádio Recife (1981).
Este projeto é apontado por todo o segmento empresarial da região como um case de sucesso: com apenas seis meses de operação, a emissora já disputava a liderança na audiência e hoje é a líder na região metropolitana da capital pernambucana.
Jorge Vicente já era cidadão pernambucano, cidadão honorário de Caruaru e de Garanhuns, mas diz que faltava a capital promover o mesmo reconhecimento – pelo fato de ter sido a cidade a porta de entrada para o grupo capitaneado pelo empresário e comunicador no estado, vizinho e com o qual Alagoas mantém tantos laços.
Além de operar a comunicação, Espíndola é liderança empresarial: é o fundador da associação das empresas de comunicação de Pernambuco e do sindicato das empresas de rádio e televisão do estado.
Apesar do destaque conquistado com o tempo, pessoalmente, Vicente Jorge Espíndola se define como “alguém dos bastidores, que não gosta de aparecer”: “mas, foi um dia especial porque era o reconhecimento da Câmara de Vereadores”, relembra, acerca da concessão do título de cidadania honorária.
“Eu sou muito de bastidores, apesar de ser alguém do setor de comunicação”.
“As coisas têm de ser feitas pelos profissionais: eu estou aqui, estou no meu lugar como empresário de rádio e televisão, só planejando, para ampliar, para manter a responsabilidade, manter a verdade”.
E definiu:
“O caminho que satisfaz é fazer uma comunicação séria, uma comunicação que defenda as coisas sérias, as coisas sérias do Brasil, do Nordeste, as coisas da democracia”.
Como se não bastasse, Espíndola é também piloto de avião.
Não está em atividade e opera os modelos esportivos – não aviões de passageiros, de grande porte. E frisou ainda que, hoje, pelas atribuições empresariais, o faz apenas eventualmente.
Durante a entrevista, informou sobre a fábrica de aviões esportivos em Caruaru – em relação à qual o grupo trata ainda no âmbito da projeção as possibilidades de um investimento societário.
Porém, deixou claro que para ele, em caráter pessoal, a pilotagem é algo tratado como hobby.
O que diz estar no sangue, mesmo – no DNA, como disse – é a comunicação.
Entusiasmo
Entre os planos e projeções, o sócio fundador do Grupo Asa Branca demonstrou entusiasmo particular com a televisão de tecnologia 3.0.
Primeiro citou a consolidação da FM e outros processos de evolução tecnológica: “já existia a frequência, mas não era usada”, o aparecimento da televisão mudou a configuração dos programas de rádio.
“Dizia-se que o rádio não iria sobreviver, mas ele conseguiu se refazer, soube se reconstruir, e se reconstruiu muito bem, continuando a ser um veículo forte”.
Para ele, o mesmo – guardadas as devidas proporções – tem se dado com a televisão.
“A televisão tem essa tecnologia não linear que estamos vendo hoje, mas já tivemos várias mudanças: primeiro, a incorporação das cores; recentemente, chegou a tecnologia digital”.
“Não será mais a tv linear, como chamamos, a tecnologia atual; em que você recebe os noticiários, recebe as novelas, os filmes”.
“Não: na [tecnologia] 3.0 você é que vai se comunicar com a televisão, com os produtos e até com os usos que estará passando na programação”.
“Vai ser uma coisa totalmente diferente e nós estamos acreditando muito na tv 3.0; vai ser uma revolução”.
“Não vamos dizer que será a última, porque sempre está aparecendo uma novidade, uma evolução, mas, será uma inovação sem paralelo a maneira como se dará a convivência com a televisão, da tecnologia atual para a tv 3.0”, declara o sócio fundador do grupo de comunicação que o noticiário de Alagoas mais tem associado à afiliada Globo no Agreste pernambucano, que concentra as festividades juninas da Rede para praticamente toda a região Nordeste, como algo recente, mas que mantém esta sociedade com a Rede Globo desde 1991, além de ser operadora da CBN há trinta anos – em Recife e Caruaru.
E a despeito de se imaginar que a chegada do Grupo Asa Branca a Alagoas e sua consolidação, exatamente como retransmissora do sinal mais cobiçado no país, em televisão aberta, Sidrack Ferreira acrescentou um trecho muito significativo, ao endossar que foi uma longa trajetória.
“É um momento especial, não apenas para mim, mas para todos que estão associados a nós nesse projeto”, declarou o diretor-executivo.
“Nada é por acaso: nós estamos neste projeto Asa Branca Alagoas desde 1998, quando saiu a licitação para este canal”.
“Não sabíamos sequer qual o conteúdo seria, mas nos engajamos desde a primeira conversa com Vicente Jorge, com seu sócio – que já não está mais entre nós –, o querido Luís de França; portanto, é um prazer grande, inenarrável, mas também, uma garra, uma força que nos movem todos os dias, mesmo com todas as adversidades”, enfatizou.
“Mas, quero dizer que estamos preparados e que daremos o melhor à Asa Branca e o melhor ao público alagoano”.
E ambos encerraram a entrevista com um tributo à memória de Luís de França, que foi sócio de Vicente Jorge Espíndola e, no início do projeto, também estava presente à iniciativa:
“Temos certeza de que, onde estiver, França está muito feliz e está nos iluminando, e que isso nos dá mais força e mais responsabilidade para executar um projeto a altura do que sempre planejamos”, concluiu o sócio e fundador do Grupo Asa Branca.