Gabriel Lincoln morador da cidade de Palmeiras dos Índios, Alagoas tinha 16 anos, um adolescente cheio de sonhos e carregava n’alma a alegria, como marca registrada da idade , que celebra a vida.
Adolescente negro, Gabriel Lincoln Pereira da Silva carregava vontades e sonhos de independência financeira e o pai era um grande incentivador, um companheiro, que acreditava nas possibilidades do seu menino e portanto, criava oportunidades.
A vida do menino seguia nos conformes, com as descobertas diárias e desafios a serem vencidos, para se tornar dono do seu próprio negócio, um empreendedor e Gabriel não alimentava medos.
Afinal, a gente só tem 16 anos uma vez na vida, não é mesmo?
Mas, em um dia, igualzinho a tantos outros, o menino sofreu abordagem policial da Polícia Militar;
A marginalização, criminalização e consequentes violências, reforçada pelos estigmas sociais reafirmam, a partir da ótica policial, que pessoas negras carregam o DNA do crime.
São sempre elementos suspeitos.
Agentes de Segurança Pública que representam o Estado de Alagoas tiraram a vida de um menino negro , com futuro promissor e , a sociedade, imprensa em geral, invisibilizam a questão do racismo.
Segundo dados apresentados do ObservaDH a cada sete mortes violentas no Brasil, uma foi ocasionada por intervenção policial em 2023.
Jovens negros, pobres e moradores de periferias são o público alvo das abordagens policiais.
Faz tempo que as politicas antirracistas para juventude negra são negligenciadas pelo estado de Alagoas.
Lembram de Zumbi, nas festividades festivas do 20 de novembro?
O racismo mata, com a permissão do estado.
Alô, representantes do MNU, em Alagoas!
Gabriel era um menino negro e foi morto pelo Estado.
Já não é hora de criar uma Mesa de Diálogos Permanente sobre a questão, Paulo Excelência, ou novamente vamos fazer de conta que está tudo bem?
Toda a solidariedade ,desta ativista, à mãe e pai de Gabriel.
Sinto muito!