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O Programa Ronda no Bairros surge , em 2019, no governo de Renan Filho, como iniciativa do do Coronel Maxwell Santos, cujo projeto da ferramenta policial tinha como princípio ser uma polícia de bairro, de aproximação.
Humanizada.
A convite do Coronel esta ativista colaborou , com o projeto, discutindo a pauta do antirracismo.
Faço o preâmbulo para contar uma situação intensa, recorrente, frequente e , socialmente naturalizada: ( Se está sendo revistado é porque fez algo. ) , que ocorre em cantos, becos, esquinas, ruas na ‘pseudo’ terra da liberdade.
Alagoas.
Primeiro foram os policiais da Ronda do Bairro que abordaram de forma cinematográfica, jovens negros, na orla de Maceió.
Seletividade racial.
Mãos na cabeça.
Abra as pernas.
E tira o boné, futuca os bolsos, etc e tal.
Quase no mesmo horário, poucos metros adiante foi a OPLIT que fez a ‘varredura’ em outro grupo de jovens negros.
Parece que a segurança pública tem uma cartilha internalizada que orienta, que todo jovem negro é suspeito.
Nos dois casos nada foi encontrado com os jovens.
Negros.
-Senhor eu passo todos os dias, por aqui.- um dos jovens se atreveu a falar.
-Cala a boca!- retruca a autoridade autoritária.
Como cidadã, até entendo que é ultra necessário o trabalho da segurança pública, mas, o que causa comichão n’alma, desta ativista, é que a abordagem, quase sempre, tem uma cor ‘padrão’, acompanhada de uma certa truculência.
Entretanto, contudo, todavia não parou por aí.
Até pareceu algo orquestrado , porque mais adiante, no mesmo quarteirão, havia mais um grupo de jovens sendo revistados pela PM.
Quem adivinha qual a cor ?
Pois, é!
Perfilamento racial.
E para completar a cena de uma tarde na orla de Maceió, surge um jovem sorveteiro que, ao ver, a abordagem, cantarola, apressado:
-Eu já estou acostumado a ser parado na rua, pela polícia.
E surge a questão: - É normal isso?
Já não é hora do Ministério Público e Poder Judiciário investirem, em um protocolo de abordagem que dê respostas rápidas e eficazes em situações criticas ?
Por quê sempre jovens/homens negros?
É sobre isso!