A Justiça alagoana negou o pedido feito pela defesa do empresário Edson Lopes da Rocha, acusado de atropelar e matar a policial militar Cibely Barboza Soares, para a realização de uma reprodução simulada do acidente, ocorrido em outubro de 2023..
A decisão, que negou o pedido, foi proferida pelo juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Arapiraca, e protocolada pelos advogados do empresário no último dia 10 de fevereiro.
Conforme o pedido, a defesa do empresário acredita que não houve conformidade nos depoimentos colhidos durante as investigações.
Em sua decisão, o magistrado cita que as provas apresentadas durante o processo estão aptas para fundamentar a defesa e a acusação.
"Nestes termos, para que se determine a realização de tal procedimento, é necessário que estejam presentes elementos que demonstrem sua real necessidade e utilidade para o caso concreto, não se justificando sua realização de forma indiscriminada ou quando os fatos já estiverem suficientemente esclarecidos por outros meios de prova. No caso em análise, verifico que o pedido não merece acolhimento. Quanto à reprodução simulada dos fatos, a defesa, em nenhum momento, delimita o que de excepcional teria ocorrido por ocasião da prática desse ato, tecendo tão somente argumentos genéricos, conjecturais, desprovidos de base fática concreta e firme, hábil a comprovar o alegado vício supostamente ocorrido. Sendo assim, entendo que o pedido formulado não merece acolhimento, haja vista a quantidade de provas produzidas neste processo que são aptas a fundamentar pleitos defensivos e acusatórios. Isso posto, indefiro o pedido formulado", diz trecho da decisão.
A policial militar Cibelly Barbosa e o noivo dela, também policial, foram atropelados na tarde do dia 14 de outubro de 2023, em um trecho da rodovia AL-220, em Arapiraca, Agreste alagoano. O atropelamento foi registrado por câmeras de videomonitoramento.
As imagens mostram o momento em que a caminhonete passa e atropela os dois ciclistas. Cibelly e o noivo foram socorridos e levados para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA). Ela morreu na unidade de saúde. Ele teve alta hospitalar, após dias internado.
Edson está em prisão domiciliar e é reu por cinco crimes, dentre eles homicídio doloso contra Cibelly.