Estava esta ativista alagoana, Arisia Barros, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, na tarde da quinta-feira, 12, em um diálogo bem temperado de observações, com a querida Izabelle da SGTES, tendo como palco uma das ‘esquinas’ do Centro de Convenções, Brasília, onde acontece a 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.
SGTES é a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde.
Dividimos fatos e impressões profundas e intensas (risos), bem no meio de um fluxo de pessoas, pra lá e pra cá, daí , em um certo momento a preta interpela:
-Você é do movimento negro de Alagoas?
E esta ativista, embalada nas narrativas da conversa, com Izabelle, respondeu, peremptória:- Não!
A moça fez cara de estranhamento e movimento de saída.
Aí depois, esta ativista ensejou a auto retratação, chamei-a de volta:- Oxe, mulher sou! (rimos).
- Eu bem que te reconheci!- disse Givalda, uma representação do movimento negro, lá do estado de Sergipe, vizinha de territórios.
Desfeito o mal entendido, emendamos um diálogo “diagnóstico-analitico” sobre a atual situação da política negra nacional.
Givalda falou um pouco da sua história e posicionamentos políticos.
Falei da palidez de uma política negra nacional, que não consegue promover a escuta ativa das gentes periféricas , pretas e invisíveis de Alagoas.
Uma política bem distanciada do mundo real desses territórios empobrecidos.
Perguntei a Givalda se conhecia o Programa Nacional de Equidade, Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadoras do SUS, criado em 2023, pelo Ministério da Saúde e Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Como resposta ouvi um sonoro não!
A conversa, cheia de assuntos, nos levou a conjecturar novos encontros negros, trazendo mais gente para pensar outros caminhos possíveis, .
Sim, sou Arísia Barros do Instituto Raízes de Áfricas, representação do movimento negro, em Alagoas.
Foi um prazer encontrar-te, Givalda!