O senador Renan Calheiros pode levar mais uma pancada no Senado Federal, onde já reinou por quatro vezes, pelo menos.

Ele é o líder da maioria, na Casa, que era composta pelo MDB, União Brasil, PDT, Podemos e PSDB – partidos que formavam o Bloco Democracia.

Só que três legendas resolveram abandonar o grupo para formar a o Bloco Independência (Podemos, PDT e PSDB), segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo.

Ou seja: União Brasil e MDB, juntos, têm 18 senadores a manos do que o Bloco Resistência Democrática, formado pelo PT, PSB e PSD – a maioria, agora.

Na verdade, Calheiros já não vive um bom momento no Senado, sem uma relação mais próxima com os novos colegas. 

Sempre prestes a explodir, entre os remanescentes da sua geração já não é visto como alguém que agrega (o próprio governo já não o trata como aliado prioritário).

Um posto de líder no Senado traz algum prestígio, garante gabinetes melhores e mais espaçosos, além de tornar o ocupante um parlamentar sempre consultado nas questões centrais.

Calheiros, lembremos, pediu a criação da CPI da Braskem, hoje em curso, não conseguiu nem mesmo emplacar o seu nome na relatoria – sua esperança de destaque no palanque eleitoral deste ano em Maceió. 

Ele pode até se recuperar, é verdade, mas não será fácil.