O senador Calheiros ficou de fora da CPI da Braskem, já que não conseguiu ser ele o comandante da investigação, definindo, por exemplo, quem deve ser acusado pelos parlamentares (adivinhe quem seria o seu alvo).

Em política, no entanto, não há espaço vazio.

Ainda que sem o gogó do emedebista, o senador Rodrigo Cunha retomou para si o comando local da CPI da Braskem e já começa a ouvir as partes envolvidas e interessadas, de fato, no tema.

Lembrando que foi Cunha o primeiro parlamentar alagoano a dar dimensão nacional ao problema, mas depois ele cometeu um erro recorrente na sua carreira política: deixou o tema de lado, permitindo que Calheiros surgisse como “defensor popular” dos moradores dos bairros afundados pela Braskem.

Que ele, Cunha, leve a sério – de novo – a questão, entendendo a CPI como um momento necessário para fazer justiça para quem precisa. 

O que está em jogo não é voto – é a dignidade humana.