Em 1938 o Bando de Lampião invadiu duas localidades de Alagoas Craíbas e Girau do Ponciano

Em 1938 o povoado de Girau do Ponciano já possuía grande quantidade de casas e uma prospera feira semanal fato que despertou o grupo de Lampião para um ataque ao povoado. De acordo com historiadores, o fato ocorreu na manhã do mês de maio de 1938. 

A notícia chegou ao lugarejo, antecipadamente através de um agricultor que teria visto quatro cangaceiros nas imediações do povoado Capivara no município de Traipu colhendo informações sobre os caminhos para chegar até Girau do Ponciano. 

De acordo com narrativa do tenente João Bezerra em seu livro “Como dei cabo de Lampião”, houve resistência do destacamento local comandado pelo sargento Valdemar um cabo e mais doze civis. Narra ainda João Bezerra que o povoado se tornou em um campo de Batalha a mercê da chuva de balas partidas de ambos os lados. 

O sargento Valdemar veio de Traipu e era um dos comandados do coronel Lucena Maranhão que chefiava o Batalhão da PM na cidade de Santana do Ipanema. Nessa mesma época, o grupo de Lampião invadiu a cidade de Craíbas interrompendo um casamento e provocando grande terror aos pacatos moradores.

Na mesma época, e período o grupo de cangaceiros chefiados por Lampião chegou até ao povoado de Fernandes em Arapiraca. Na ocasião o grupo tentou extorquir o fazendeiro Lino de Paula, que teve a sorte de enganar o grupo de cangaceiros quando indagado onde estava Lino de Paula.

Lino de Paula disse que necessitava fazer uma necessidade fisiológica e consegui fugir e livrar-se de ser extorquido. De acordo com o pesquisador e estudioso do Cangaço, José Bezerra, residente em Craíbas, o grupo de Lampião não veio até Arapiraca em respeito ao chefe político Luiz Pereira Lima, que estava estabelecido em Arapiraca vindo a ser o primeiro prefeito eleito anos depois. Luiz Pereira Lima era conterrâneo de Virgulino Ferreira de Serra Telhada (PE).